quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A IGREJA É SANTA E CATÓLICA

3ª parte:

A IGREJA É SANTA E CATÓLICA



I. A Igreja é Mãe Educadora, Infalível e Sobrenatural



Isaias 35,8; 45,8; 54,13-17 – Essas profecias referem-se ao reino do Messias, a Igreja infalível que o Cristo edificaria, como sendo o “Caminho Santo” onde os seus filhos serão ensinados pelo Senhor. A Igreja é Mãe educadora de seus filhos. À Igreja, foi dado o dom de infabilidade quando ensina sobre Fé e Moral, onde seus filhos são ensinados na justiça diretamente por Deus. Este dom de infabilidade significa que a Igreja é preservada de ensinar errado, pelo poder do Espírito Santo (isso não significa que os líderes da Igreja não pecam!).



Salmo 2,8-9, 45,4-7 [44,5-8] – Deus Pai dá a Seu Filho todas as nações por herança, para governá-las com cetro de ferro, em justiça e verdade. É o que Ele faz por meio de Sua Igreja. E para essa Igreja ensinar a justiça e a verdade – literalmente “fundada sobre a justiça” (Isaías 54,13), ela deve ser dotada com um dom especial de Deus para não ensinar o erro, pois, “Lá se acham os tronos de justiça” (Salmo 122[121],5).



Isaías 2,2-3; Miquéias 4,1-3 – Mais profecias sobre o reino do Messias. Aqui foi profetizado que os povos, “todas as gentes”, reconheceriam que é deste reino que o Senhor ensinaria os Seus caminhos. Além de ter o dom de infabilidade, este reino é o local onde o próprio Senhor ensina a todas as nações: É dele que sai a doutrina e a lei. Este reino não pode ser outro, senão a Igreja edificada por Cristo, a Igreja Católica.



Isaías 9,6 – Isaías novamente descreve que o reino do Messias seria para sempre firmado e mantido, por Ele mesmo, pelo direito e pela justiça. De uma forma ou de outra, nós temos que procurar esta Igreja que ensina infalivelmente, só a verdade e a justiça, isenta de ensinar erro nas questões de Fé e Moral. E os resultados sempre serão um: Somente a Igreja Católica pode ser a Igreja infalível de Cristo.



Mateus 10,20; Lucas 12,12 – Jesus disse a Seus Apóstolos que não são eles que falam, mas o Espírito do Pai falando neles. Se o Espírito é quem fala e guia a Igreja, a Igreja não pode errar em matérias de Fé e Moral.



Mateus 16,18 – Jesus promete que as portas do Hades não prevalecerão contra a Igreja. Isso requer que a Igreja ensine infalivelmente. Se a Igreja não tivesse o dom da infabilidade, as portas do Hades (inferno) e o erro prevaleceriam. Também, desde que a Igreja Católica era a única Igreja que existiu até a Reforma, aqueles que seguem a reforma protestante chamam Cristo de mentiroso por estarem dizendo que as portas do inferno prevaleceram contra Sua Igreja.



Salmo 144,11-13 – O Reino de Deus é, certamente, glorioso e eterno. O Reino de Cristo não sucumbiria e nem se corromperia após os Apóstolos, ou este reino não seria eterno e muito menos, glorioso. Mas certamente “o Senhor é fiel em suas Palavras e santo em tudo o que faz”. Se a Igreja Católica não é a Igreja infalível e gloriosa que Cristo comprou com Seu próprio Sangue, qual outra Igreja seria ela? Uma Igreja “invisível”? Esta não existe.



Hebreus 11,33 – Paulo diz que este reino é inabalável. Qualquer um que queira seguir os verdadeiros ensinamentos de Jesus Cristo, tem que procurar uma Igreja que começou desde os Apóstolos e que subsista até o dia atual, ensinando a mesma sã doutrina durante estes 2.000 anos.



Mateus 16,19 – Para Jesus dar a Pedro e os Apóstolos (meros seres humanos) a autoridade para ligar no Céu o que eles ligarem na terra, requer que lhes outorgue autoridade também para ensinar infalivelmente. Isto é um dom do Espírito Santo e não tem nada a ver com a santidade da pessoa que recebeu o dom.



Mateus 18,17-18 – A Igreja (não a Escritura) é a autoridade final nas questões de Fé e Moral. Isso demanda infabilidade quando no ensinamento sobre fé e moral. Ela tem que ser prevenida do ensino errado em ordem para liderar seus membros para a completa salvação.



C.CIC, §184 – «Como os bispos realizam a sua missão de ensinar? - Os bispos, em comunhão com o papa, têm o dever de anunciar a todos, fielmente e com autoridade, o Evangelho, como testemunhas autênticas da fé apostólica, revestidos da autoridade de Cristo. Mediante o sentido sobrenatural da fé, o Povo de Deus adere indefectivelmente à fé sob a guia do Magistério vivo da Igreja.»



Romanos 14,17 – Paulo diz que o Reino de Deus (a Igreja) é justiça, paz e gozo no Espírito Santo. É o Espírito Santo mesmo que ensina a justiça por meio da Igreja.



Mateus 28,20 – Jesus prometeu que Ele estará permanentemente com a Igreja. Ora, Jesus não pode estar com a Igreja e mesmo tempo permitir que ela ensine a fé e moral erradamente.



Lucas 22,32 – Jesus orou por Pedro, para que sua fé não possa falhar. A oração de Jesus por Pedro é de perfeita eficácia, e isso permite que Pedro ensine a Fé e Moral sem erro (o que significa infabilidade).



João 11,51-52 – Alguns protestantes argumentam que pecadores não podem ter o poder para ensinar infalivelmente. Mas neste verso, Deus permite a Caifás profetizar infalivelmente, mesmo ele sendo mau e tendo conspirado a morte de Jesus. Deus permite aos pecadores ensinar infalivelmente, assim como Ele permite pecadores se tornarem santos. Como um amoroso Pai, Ele exalta Seus filhos, dando-lhes um mecanismo para conhecer e seguir a verdade sem nenhum erro.



Lucas 10,16 – Esse mecanismo é o Magistério infalível da Igreja (e não a Escritura sozinha): o sucessor de Pedro (bispo de Roma, o Papa) e os bispos em comunhão com ele. “Quem vos ouve, a Mim ouve; e quem vos rejeita, a Mim rejeita.” Jesus é muito claro, os bispos da Igreja podem ensinar sim, sob a autoridade do sucessor de Pedro (o bispo de Roma), com a autoridade infalível de Cristo, e quem os rejeita, estão rejeitando a Jesus Cristo.



I e II Pedro – Por exemplo, Pedro negou Cristo, ele foi repreendido pelo seu notável bispo (Paulo), e ele ainda escreveu duas Epístolas infalíveis. Adiante, se Pedro pôde ensinar infalivelmente por escrito, por que ele também não ensinaria infalivelmente pregando, como o fez desde o dia de Pentecostes? E por que então seus sucessores não poderiam ensinar infalivelmente também?



Gênesis à Deuteronômio; Salmos; Romanos à Filêmon – Moisés cometeu um assassinato. Davi providenciou a morte de um homem para tomar a mulher dele. Paulo foi um tremendo perseguidor da Igreja e condenava os cristãos à morte. Mas eles ainda ensinaram infalivelmente. Deus usa-nos, seres humanos pecadores que somos, porque quando respondemos à Sua graça e mudamos nossa vida, nós damos a Deus maior glória e Sua presença é feita mais manifesta em nosso mundo pecaminoso, nos tornando santos em Seu Filho e nos guiando pelo Espírito Santo.



João 14,16 – Jesus promete que o Espírito Santo ficaria com a Igreja para sempre. O Espírito impede a Igreja de ensinar algum erro em questões de fé e moral. Isto é garantido porque a garantia vem de Deus mesmo, o qual não pode mentir.



João 14,26 – Jesus promete que o Espírito Santo ensinaria aos Seus Apóstolos, todas as coisas. Isto significa que a Igreja pode nos ensinar sobre as posições morais, como fertilização in vitro, manipulação de embriões humanos, clonagem, e outros assuntos que não estão endereçados na Bíblia, mas que são de extrema importância e necessários para a salvação. Deus não deixaria tão importantes assuntos a serem decididos por nós pecadores sem Sua divina assistência.



João 16,12 – Jesus tinha muitas coisas a dizer, mas os Apóstolos não podiam suportá-las naquele momento. Isto demonstra que a infalível doutrina de Cristo se desenvolve com o tempo, conforme o nosso entendimento. Toda a Revelação pública foi completada com a morte do último Apóstolo, mas a explicação de cada doutrina da Revelação de Deus desenvolve-se com o tempo, de modo que nossas mentes e nossos corações são capazes de compreendê-las. Deus ensina Seus filhos somente o quanto eles suportam, para o próprio bem deles.



João 16,13 – Jesus promete que o Espírito “guiará” a Igreja em toda a verdade. Nosso conhecimento da verdade desenvolve-se como o Espírito guia a Igreja, conforme nós suportamos as verdades espirituais. E isto acontece com o tempo. Para aceitarmos o que Jesus nos diz, que o Espírito Santo nos guiaria em toda a verdade, temos que olhar para uma Igreja que ensine infalivelmente, pois, tem que ter a assistência deste mesmo Espírito Divino, o qual não pode ensinar nada errado, mas somente as eternas verdades. Isto não se cumpre no protestantismo, onde cada comunidade ensina doutrinas diversas das outras sobre todas as questões. Há um caos sem fim nas questões doutrinárias e morais.



C.CIC, §185 – «Quando se exerce a infalibilidade do Magistério? - A infalibilidade se exerce quando o Romano Pontífice, em virtude da sua autoridade de supremo Pastor da Igreja, ou o Colégio dos bispos em comunhão com o papa, sobretudo reunido num Concílio Ecumênico, proclamam com ato definitivo uma doutrina referente à fé ou à moral, e também quando o papa e os bispos, em seu Magistério ordinário, concordam em propor uma doutrina como definitiva. A esses ensinamentos todo fiel deve aderir com o obséquio da fé.»



Atos 15,1-2; Gálatas 2,1-2 – Ora! Ora! Paulo expondo o seu evangelho à autoridade máxima da Igreja, temendo que tivesse corrido em vão, 14 anos??? Paulo não somente reconhece o Magistério infalível da Igreja e a autoridade máxima de Pedro, como também que o evangelho que ele (Paulo) tinha que pregar, deveria estar em comunhão com o ensino infalível de Pedro. Por isso ele subiu à Jerusalém, para decidirem com os Apóstolos sobre a circuncisão ser necessária ou não. Como um bom servo e jamais rebelde, foi conferir o seu evangelho com os bispos da Igreja e submeter-se ao que seria decidido em um Concílio Infalível.



Atos 15,6-29 – Assim foram, Paulo e Barnabé, decidir sobre a questão da circuncisão no primeiro Concílio da Igreja. E após Pedro ter lançado o decreto na questão da circuncisão (7-12) todos acataram as ordens de Pedro. E os Apóstolos reconhecem que os seus ensinamentos, num Concílio Ecumênico, são guiados pelo Espírito Santo (27-28).



Atos 16,4-5 – Paulo ensina que devemos seguir as decisões que são tomadas num Concílio da Igreja. Assim é que somos “confirmadas na fé” verdadeira e doutrina santa de Cristo.



II Coríntios 2,17 – O Magistério vivo da Igreja (o sucessor de Pedro e os bispos em comunhão com Ele, assistidos pelos presbíteros) ensina, por Cristo, a autêntica Palavra de Deus na Sua integridade, sem erros e nem heresias, tal como procede de Deus e sob os Seus olhares. Assim como os versos que vimos até aqui, este também aniquila todas as injúrias e acusações contra a Igreja de Cristo. Ou os protestantes reconhecem que há uma Igreja que prega a doutrina íntegra de Cristo, sem falsificar a Palavra de Deus, ou reconhecem que a própria Bíblia não é Palavra infalível de Deus.



Efésios 4,13-16 – Paulo indica que alcançar a unidade da fé e o conhecimento do Filho de Deus à natureza humana madura, é um processo que se desenvolve. Nós devemos crescer com o tempo, em cada caminho em Cristo. A doutrina (o que significa “ensino”) de Cristo é desenvolvida e explicada mais detalhadamente pela Igreja com o tempo, conforme nossas mentes são capazes de suportar e entender o seu conteúdo riquíssimo.



Colossenses 1,9-10 – Estes versos provam que a perfeita sabedoria, penetração espiritual e o conhecimento de Deus se desenvolvem com o tempo. Nós não suportaríamos receber a doutrina de Cristo de uma só vez. Os próprios Apóstolos ainda não suportavam a íntegra doutrina de Jesus Cristo (João 16,12.25).



I Coríntios 3,1-2 – Os Coríntios mesmo não suportavam todas as verdades espirituais da doutrina quando Paulo pregou a eles oralmente, e nem ainda estavam preparados para suportarem quando Paulo estava escrevendo esta carta.



II Coríntios 4,7 – Paulo diz claramente que o poder extraordinário que atua pelos apóstolos provém de Deus, e não deles mesmos.



II Coríntios 5,20 – Paulo diz que eles – os bispos – são “embaixadores” em Nome de Cristo, e que “é Deus mesmo que exortar por intermédio deles”. Somos exortados e ensinados diretamente por Deus (João 6,45), por intermédio do Magistério vivo da Igreja.



Gálatas 2,11-14 – Os anti-Papas, às vezes usam este verso para diminuir a evidência da autoridade de Pedro sobre a Igreja. Isto é um desencaminhamento total. Neste verso, Paulo não se opõe ao ensinamento de Pedro, mas à sua falha no vivê-lo. Infabilidade (ensinar sem erro) não significa impecabilidade (viver sem pecar). Pedro foi quem ensinou infalivelmente sobre a salvação dos gentios em Atos 10,11. Com essa repreensão, Paulo está realmente dizendo “Pedro, tu és nosso líder, tu ensinas infalivelmente, e tua conduta ainda é inconsistente com estes fatos. Tu deves ser íntegro em seu proceder, pois és o mais eminente exemplo que o fieis podem ter!”. O verso realmente sublinha – não diminui – a importância da liderança de Pedro na Igreja.



Efésios 3,9 – De fato, isto é um mistério escondido desde todos os séculos – que Deus manifesta Sua sabedoria por uma Igreja infalível a todos os povos.



Efésios 3,10 – A sabedoria de Deus é conhecida pela Igreja (não pela Escritura). Este é um verso incrível, por ele dizer-nos que a infinita sabedoria de Deus vem a nós por Sua Igreja. Para isso acontecer, a Igreja deve ser protegida do erro, ensinando infalivelmente a Fé e a Moral (ou ela não seria dotada com a sabedoria de Deus). Os protestantes devem se vergar e reconhecer que “Sola Scriptura” (somente a Escritura) não tem fundamento nenhum, pois, a própria Escritura aponta a Igreja como a autoridade pela qual devemos ser instruídos diretamente por Deus, sem falhas.



Efésios 3,4-5.7 – Paulo diz que é o Espírito Santo quem dá a compreensão do mistério cristão aos Apóstolos e Profetas. É pela graça do Espírito que somos ensinados infalivelmente e diretamente pelo Senhor Deus, através do Magistério da Igreja.



I Coríntios 2,7-13 – De fato, os líderes da Igreja pregam a sabedoria de Deus, misteriosa e secreta, mas revelada a eles pelo Espírito. Paulo explica que, o que os ministros ensinam, é ensinado, não pela sabedoria humana, mas pela sabedoria do Espírito. Os ministros são conduzidos pelo Espírito Santo a interpretar e entender as verdades espirituais que Deus lhes quer ensinar, com o tempo, pela Sagrada Tradição, Sagrado Magistério e Sagradas Escrituras.



Efésios 3,20-21 – A glória de Deus é manifestada na Igreja pelo poder do Espírito que trabalha em seus líderes. Como um Pai, Deus exalta Seus filhos aos cargos de liderança na Sua Igreja.



Efésios 5,23-27; Colossenses 1,18 – Cristo é a Cabeça da Igreja, Sua Esposa, pela qual Ele morreu para fazê-la santa, sem mácula e sem defeitos. A Igreja é submissa a Cristo. Isto significa que a Igreja não pode, mesmo se quisesse, ensinar o erro nas questões de fé e moral, quando exerce o Magistério infalível. Só há uma Igreja; Cristo tem uma só Esposa, e ela é infalível, incorrupta, isenta de todas as heresias e erros dos falsificadores da Palavra de Deus.



Efésios 5,25-27; I Coríntios 6,15 – A Igreja é a Esposa de Cristo, e não pode ser contaminada pelas heresias e erros que cada denominação protestante prega. Jesus só pode ter uma única Esposa, não várias, como o protestantismo quer dizer, cada uma mais contaminada de erros e heresias que a outra.



Encíclica Mystici Corporis, 65 – «Sem mancha alguma, brilha a santa madre Igreja nos sacramentos com que gera e sustenta os filhos; na fé que sempre conservou e conserva incontaminada; nas leis santíssimas que a todos impõe, nos conselhos evangélicos que dá; nos dons e graças celestes, pelos quais com inexaurível fecundidade produz legiões de mártires, virgens e confessores. Nem é sua culpa se alguns de seus membros sofrem de chagas ou doenças; por eles ora a Deus todos os dias: "Perdoai-nos as nossas dívidas" e incessantemente com fortaleza e ternura materna trabalha pela sua cura espiritual.»



I Timóteo 3,15 – Paulo diz que a Igreja (não a Escritura) é a coluna e o sustentáculo da verdade. Mas para a Igreja ser a coluna e fundamento da verdade, ela tem que ser protegida de ensinar algum erro; ela tem que ser – literalmente – infalível. E não só isso. A Igreja tem que ser instruída e guiada por Deus, que não pode mentir jamais. Ela também tem que ser a Igreja Católica, a única que proclama ter a autoridade de ensino de Cristo e o dom de infabilidade, e da qual os ensinamentos sobre a fé e moral não têm mudado por 2.000 anos. Deus nos ama tanto que Ele nos presenteou com uma Igreja que ensina infalivelmente a verdade, ou melhor, Ele mesmo nos ensina por meio dela, para que então tenhamos a plena compreensão dos verdadeiros ensinamentos que Ele quer nos dar para nossa própria salvação.



I Tessalonicenses 5,21 – Paulo manda-nos testar tudo. Mas nós temos que ter alguma coisa contra o que testar. Isso requer um infalível guia que esteja disponível para nós, e esse guia visível é a Igreja Católica, de quem os ensinamentos sobre fé e moral jamais têm sido mudados. Nenhuma comunidade protestante diz ter o dom de infabilidade e autoridade de ensino e ser coluna e fundamento da verdade. Isto nos obriga a olhar para a Igreja Católica como sendo a única Igreja que Jesus Cristo instituiu.



Mateus 13,11; Marcos 4,11.34; Lucas 8,10 – Quando os Apóstolos perguntaram a Jesus do porque ensinava em parábolas ao povo, eis que Jesus abertamente declarou que o mistério do reino é revelado a eles (ao Magistério da Igreja), mas aos de fora não. Por isso, não é tão difícil compreender que foi da vontade do Senhor que a Sua Sabedoria e o mistério do Seu Reino sejam conhecidos pela Sua Igreja (não pela Escritura sozinha), tornando-a coluna o sustentáculo da verdade, com o dom da infabilidade, para ensinar aos Seus filhos o que é certo e o que é errado, para a sua salvação.



I João 4,6 – João escreve que “quem conhece a Deus ‘ouvi-nos’” (aos bispos e sucessores dos Apóstolos). Depois Ele escreve “É nisto que conhecemos o Espírito da Verdade e o espírito do erro.”. João não diz “lendo a Bíblia é a maneira para conhecer a verdade do erro.”. Se ouvindo a meros seres humanos ajuda-nos a discernir a verdade do erro, Deus teria que dotar esses Seus escolhidos a serem líderes da Igreja, com o dom especial de infabilidade, de modo que fossem impedidos de ensinar o erro.



Mateus à Apocalipse – Nós temos que notar que nem todas as doutrinas cristãs estão explícitas nas Escrituras (por exemplo, o dogma da Santíssima Trindade). Entretanto, a infabilidade e liderança de Pedro são fortemente provadas pelas passagens mostradas até aqui. Os cristãos não-católicos deveriam perguntar a si mesmos, por que eles aceitam alguns dos ensinamentos da Igreja, por exemplo, sobre as Três Pessoas da Trindade, as duas naturezas de Cristo em uma divina Pessoa, e o cânon das Escrituras do Novo Testamento (todos definidos pela Igreja Católica), mas não outros ensinamentos, como a Eucaristia, os Sacramentos da salvação, justificação, Purgatório (todas doutrinas explícitas), Maria e os Santos?





II. A Igreja é Visível e Una



Mateus 5,14 – Jesus diz que uma cidade situada numa montanha não pode ser escondida, e isto é em referencia à Igreja. A Igreja não é uma presença invisível, cosmo-espiritual, atmosférica (como dizem muitos protestantes); mas um único, visível e universal Corpo de Cristo. A Igreja é uma extensão da Encarnação.



Mateus 12,25; Marcos 3,25; Lucas 11,17 – Jesus diz que um reino dividido contra si mesmo não pode subsistir e será destruído. Isso descreve o protestantismo e seus milhares de denominações que continuam a se multiplicar a cada ano. Também temos que notar que a Igreja Católica deve ser vista como a Igreja de Cristo, o reino que se iniciou há dois mil anos atrás e que jamais será destruído (Daniel 2,44; 7,14).



Mateus 16,18 – Jesus diz “Eu edificarei ‘minha Igreja’” (não, minhas igrejas). Há uma só Igreja edificada sobre uma só rocha com uma só autoridade de ensino; não muitas diferentes denominações edificadas sobre várias opiniões e sugestões pastorais diversas umas das outras.



Mateus 16,19; 18,18 – Jesus deu aos Apóstolos a autoridade de ligar e desligar. Mas essa autoridade requer uma Igreja visível, porque “ligar e desligar” são atos visíveis. A Igreja não pode ser invisível e deve haver unidade de fé, ou ela não poderia ligar e desligar.



João 10,16 – Jesus diz que só pode haver um único rebanho e um único pastor. Isso não pode significar várias denominações e vários pastores, todos ensinando doutrinas diferentes. Aqueles que estão fora do aprisco devem ser trazidos para dentro da única Igreja que é o único aprisco do Bom Pastor, e que é pastoreada por este único Pastor, através do sucessor de Pedro, o Papa, único pastor visível para o único rebanho visível.



João 17,11.20-21 – Jesus reza para que Seus seguidores possam perfeitamente serem um, como Ele é Um com o Pai. A unidade de Jesus com o Pai é perfeita. E essa unidade que Ele pede, não pode ser menos que perfeita. Assim, a unidade pela qual Jesus pede não pode significar a variedade de divisões do cristianismo que tem se resultado desde a Reforma Protestante. A perfeita unidade de fé só há na Igreja Católica. Os que se rebelam dentro da Igreja, já estão se desligando da unidade, mas eles mesmos não podem quebrar a unidade, que Jesus conquistou para Sua Igreja, por se afastarem dela ou não estarem em comunhão com o que ela ensina.



João 17,9-26 – A oração de Jesus, é claro, é de perfeita eficácia, como evidenciado pela milagrosa unidade da Igreja Católica durando os seus 2.000 anos de história.



João 17,21 – Jesus afirma que a unidade visível da Igreja seria um sinal que mostraria ao mundo que Ele foi enviado por Deus. Este é um verso extremamente importante. Jesus nos diz que a unidade da Igreja é o que Lhe dá testemunho e a realidade de quem Ele é, e o que Ele veio fazer por nós. Há uma única Igreja que é unida universalmente, e esta é a Igreja Católica. Somente a unidade da Igreja Católica realmente testemunha a realidade de que Jesus Cristo foi enviado pelo Pai.



João 17,22-23 – E não somente isto. Jesus deu aos Apóstolos, a glória que recebeu do Pai, para que a Igreja tenha uma perfeita unidade. Esta glória que os Apóstolos receberam de Jesus, não é nada menos que a autoridade de ensino e disciplina, para confirmar o povo de Deus na única doutrina santa e íntegra de Jesus. Jesus também se refere ao tesouro infinito de Seu próprio Corpo e Sangue, que Ele confiou a Sua Igreja, para serem distribuídos aos Seus seguidores, pelos seus sacerdotes e assim, serem um só Corpo de Cristo, pelo Santíssimo Sacramento da Eucaristia.



I Coríntios 10,16-17; 12,13.20; Romanos 12,5; Efésios 5,29-32 – Pelo sacramento do Batismo, a Igreja é chamada a formar o Corpo de Jesus Cristo, e sendo consumada essa união como o Seu Corpo pelo Sacramento da Eucaristia, onde a Igreja encontra a sua unidade corporal e universal com todos os seus filhos que participam deste mesmo Sacramento ao redor do mundo; todos unidos em Cristo. Uma vez que os protestantes não possuem e não aceitam este sacramento da unidade corporal da Igreja de Cristo, nós devemos reconhecer que nenhuma das milhares de denominações protestantes pode ser o único Corpo de Cristo, a Igreja; e consequentemente, olharemos para a Igreja Católica como sendo o Corpo de Cristo.



C.CIC, §161 – « Por que a Igreja é una? - A Igreja é una porque tem origem e modelo a unidade na Trindade das Pessoas de um só Deus: como fundador e chefe, Jesus, que restabelece a unidade de todos os povos num só corpo; como alma, o Espírito Santo, que une todos os fiéis na comunhão em Cristo. Ela tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única sucessão apostólica, uma comum esperança e a mesma caridade.»



Romanos 15,5 – Paulo diz que os cristãos devem viver em harmonia uns com os outros. Mas isso só pode acontecer se houver uma Igreja com um único ensino, o qual, os fieis deveriam aceitá-lo e não seguir as heresias e erros dos que causam divisões. Isso só pode acontecer pela caridade do Espírito Santo que reside na Igreja.



Romanos 16,17 – Paulo nos alerta para evitar aqueles que criam dissensões (divisões) e escândalos contra a doutrina. Isto inclui aqueles que se afastam da Igreja e criam uma denominação após outra, ou mesmo espalhando seus erros dentro da Igreja para tentar confundir os fieis. Nós precisamos evitar seus ensinamentos e seguir o verdadeiro ensinamento da Igreja, repreendendo-os com caridade para abrir-lhes os olhos da verdadeira fé.



I Coríntios 1,10 – Paulo suplica-nos para não haver dissensões e discórdias entre nós cristãos, mas para sermos de uma mesma mente e o mesmo julgamento. Como os pastores protestantes dizem que eles são todos do mesmo pensamento e o mesmo julgamento nas questões de fé e moral?



Efésios 1,22-23; 5,23-32; Colossenses 1,18-24 – Novamente, a Igreja não significa unidade “invisível”, porque Paulo chamou-a de Corpo (não alma) de Cristo. Corpos são visíveis, e almas são invisíveis.



Efésios 4,11-14 – Deus dá aos membros da Igreja uma variedade de dons de acordo que alcancem a unidade da fé. Esta unidade é encontrada somente na Igreja Católica. Atualmente tem surgido muitas denominações protestantes que se dizem ser cheias dos dons do Espírito. Por que eles não possuem a unidade entre si?



Efésios 4,3-5 – Nós devemos conservar a unidade do Espírito, com uma só fé, num só Corpo, pois, há um só Senhor. Isso requer unidade doutrinal, não 30 mil denominações diferentes. Essa unidade universal na caridade do Espírito, de uma só Fé, com um só Batismo, num só Corpo, só se torna real na Igreja Católica.



Filipenses 1,27 – Paulo manda-nos que permaneçamos em um só espírito, lutando unanimemente pela fé do Evangelho. Não como no protestantismo, cada denominação pregando um evangelho diferente.



Filipenses 2,2 – Paulo pede para que os cristãos sejam de acordo uns com outros e unidos de uma mesma mente. Contudo, os mais de 30 mil denominações protestantes diferentes são unidos na fé?



Colossenses 1,18 – Cristo é a Cabeça do único Corpo, a Igreja. Ele não é a Cabeça de vários corpos ou partidos.



I Timóteo 6,4 – Paulo alerta sobre aqueles que buscam contendas e disputas de palavras. Deve haver uma autoridade universal de Cristo para a qual podemos apelar e diferenciarmos a verdadeira doutrina e evitar os erros e heresias que os rebeldes espalham.



II Timóteo 2,14 – Evitar discussões de palavras, que traz a ruína dos ouvintes. Dois mil anos de unidade doutrinal é um sinal da Igreja de Cristo. Essa unidade só há na Igreja Católica.



II Timóteo 4,3 – Isto é um alerta no que diz em seguirmos nossos próprios desejos e não os ensinamentos de Deus. Seguir a Cristo não é uma lanchonete onde nós escolhemos e pegamos o que queremos e desprezamos o que não gostamos. Nós devemos nos humilhar e aceitar todos os ensinamentos de Cristo que Ele nos dá por Sua Igreja.



Apocalipse 7,9 – O Reino Celeste é cheio daquela gente de todas as nações e de todas as tribos, povos e línguas. Isto é “católico”, o que significa universal.



I Pedro 3,8 – Pedro encarrega-nos de ter a unidade de um só espírito. Isso é impossível, a não ser que tenha uma autoridade central de ensinamento dado a nós por Deus. A Igreja é “católica” também por abarcar toda a doutrina íntegra de Jesus Cristo, e não apenas partes dela.



Gênesis 12,2-3 – Desde Abrão, Deus disse que todas as famílias da terra seriam abençoadas. Essa unidade familiar se cumpre somente na Igreja Católica, nela somos “concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Efésios 2,19).



Daniel 7,14 – Daniel profetizou que todos os povos, nações e línguas serviriam o reino do Filho do Homem. Novamente, essa catolicidade é encontrada somente na Igreja Católica.



I Coríntios 14,33 – Deus não pode ser o autor da confusão protestante. Somente a Una, Santa, Católica e Apostólica Igreja, proclama e prova ser a única Igreja de Cristo.



C.CIC, §32 – «De que modo a fé da Igreja é uma só? - A Igreja, embora formada por pessoas diferentes língua, cultura e ritos, professa, com voz unânime, a única fé recebida de um só Senhor e transmitida pela única Tradição Apostólica. Professa um só Deus Pai, Filho e Espírito Santo - e mostra um só caminho de salvação. Portanto, nós cremos, com um só coração e com uma só alma, em tudo o que está contido na Palavra de Deus, transmitida ou escrita, e é proposto pela Igreja como divinamente revelado.»



Salmo 46,4 [45,5]; 48,2 [47,3]; 52,8 [51,10]; 74,2 [73,2];78,68 [77,68]; 87,3 [86,3]; 125,1 [124,1]; Isaías 18,7; 24,23; Abdias 1,17; Miquéias 4,7; Zacarias 8,3; 13,1; I Timóteo 3,15; Hebreus 10,21; 12,22; I Pedro 4,17; Apocalipse 14,1; 21,9.14 – A seguintes palavras empregadas pela Sagrada Escritura: “Monte Sião”, “Casa de Deus”, “Cidade de Deus”, “Esposa do Cordeiro”, a “Nova Jerusalém” são todas metáforas para a Igreja que Jesus comprou com o Seu próprio Sangue (Atos 20,28).





III. A Igreja é Hierárquica



Mateus 16,18; 18,18 – Jesus usa a palavra “ecclesia” apenas duas vezes nas Escrituras do Novo Testamento, o que demonstra que a intenção de Jesus é de uma Igreja visível, unificada, hierárquica e autoritária.



Atos 20,17.28 – Paulo refere-se a ambos, os anciãos ou sacerdotes ("presbyteroi") e os bispos ("episkopoi") da Igreja. Ambos são ordenados líderes, exercendo o sacerdócio ministerial de Cristo, dentro da estrutura hierárquica da Igreja.



I Coríntios 12,28 – Deus mesmo aponta as várias posições de autoridade dentro da Igreja. Como um Pai amoroso, Deus dá aos Seus filhos a liberdade e autoridade para atuar com caridade e justiça para realizar Seu trabalho de salvação.



Êxodo 18,24-26 – Moisés exerceu, com liberdade, a autoridade que tinha recebido de Deus para colocar chefes sobre o povo de Deus. Vemos uma grande hierarquia e, consequentemente, uma prefiguração da hierarquia da Igreja de Deus na Nova Aliança.



Efésios 4,11 – A Igreja é hierárquica e incluem-se apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, e doutores, todos encarregados à construção do Corpo de Cristo a Igreja. A Igreja não é uma entidade invisível dentro de uma fundação invisível, exercendo atos invisíveis.



Filipenses 1,1 – Paulo endereça os bispos e os diáconos da Igreja. Eles todos podem seguir sua inquebrantável linhagem de volta até aos Apóstolos.



I Timóteo 3,1; Tito 1,7 – A Igreja de Cristo tem bispos ("episkopoi") que são sucessores diretos dos Apóstolos. Os bispos podem seguir a autoridade conferida neles de volta até aos Apóstolos.



I Timóteo 5,17; Tito 1,5; Tiago 5,14 – A Igreja de Cristo também tem presbíteros ("presbyteroi") que estão sob a autoridade dos bispos.



I Timóteo 3,8 – A Igreja de Cristo também têm diáconos ("diakonoi"). Assim, a Igreja de Jesus Cristo têm uma autoridade hierárquica – bispos, presbíteros e diáconos, todos eles podem seguir sua linhagem de volta até Pedro e os Apóstolos.



CIC, §179 – «Por que Cristo instituiu a hierarquia eclesiástica? - Cristo instituiu a hierarquia eclesiástica com a missão de apascentar o povo de Deus no seu nome, e por isso lhe deu autoridade. Ela é formada pelos ministros sagrados: bispos, presbíteros, diáconos. Graças ao sacramento da Ordem, os bispos e os presbíteros agem, no exercício de seu ministério, em nome e na pessoa de Cristo Cabeça; os diáconos servem o povo de Deus na diaconia (serviço) da palavra, da liturgia, da caridade.»



Êxodos 28,1; 19,6 – Mostra os três ofícios sacerdotais do Antigo Testamento; (1) Sumo sacerdote – Aarão (Ex 28,1); (2) Sacerdotes ministeriais – filhos de Aarão (Ex 19,6; 28,1); e (3) Sacerdotes universais – todos os israelitas (Ex 19,6). O sacerdócio do Novo Testamento também possui três ofícios: (1) Sumo Sacerdote – Jesus Cristo (Heb 3,1); (2) Sacerdotes ministeriais – os bispos e sacerdotes ordenados (Rom 15,16; I Tim 3,1.8; 5,17; Tito 1,7); e (3) Sacerdotes universais – todos os cristão batizados (I Pd 2,5.9; Ap 1,6).



C.CIC, 325-326 – «De quantos graus se compõe o sacramento da Ordem? - Compõe-se de três graus, que são insubstituíveis para a estrutura orgânica da Igreja: o episcopado, o presbiterado e o diaconato.»



IV. Controvérsias dentro da Igreja



a) Escândalos de membros da Igreja



Mateus 13,24-30; 18,7 – Sempre têm existido escândalos na Igreja, assim como eles têm existido fora da Igreja. Escândalos são inevitáveis, mas ai daqueles que os causa. Isso não deveria nos fazer perder a esperança na Igreja. O mistério do plano de Deus abarca o trigo e o joio para estarem lado a lado na Igreja até o fim dos tempos.



Mateus 13,47-50 – O plano de Deus é de que a Igreja (o reino dos céus) é a rede que apanha peixes de todos os tipos, bons e maus. Deus revelou-nos isso para que nós não fiquemos desencorajados pelos membros da Igreja que são infiéis.



Mateus 16,18 – Não importa como é pecadora a conduta que os membros tenham, Jesus prometeu que as portas da morte não prevalecerão contra a Igreja. O joio que o inimigo semeou no meio do trigo e que causam os escândalos, não pode afetar a Igreja em si, mas somente balançar a fé de muitos de seus membros que são ignorantes.



Mateus 23,2-3 – Jesus reconhece a autoridade de ensino dos escribas e fariseus, mesmo eles sendo pecadores e não seguirem o que eles mesmos ensinam. Nós vemos que a maldade dos fariseus não minimizava sua autoridade de ensinamento, pois eles sentaram na “cathedra” de Moisés.



Mateus 26,70-72; Marcos 14,68-70; Lucas 22,57; João 18,25-27 – Pedro negou Cristo três vezes, ele ainda foi escolhido para ser o líder da Igreja, e ensinou e escreveu infalivelmente.



Marcos 14,45 – Judas foi infiel por trair a Jesus, o Filho de Deus. Mas o seu apostolado continuou autêntico e os Apóstolos elegeram um sucessor para ocupar o seu cargo; e isto não enfraqueceu a Igreja.



João 14,8-9 – Filipe tinha uma firme fé em Jesus. Nem por isso deixou de ser um Apóstolo, e logo depois de Pentecostes vemos que pregou infalivelmente na cidade de Samaria (Atos 8,5-40), e dali por diante, seguido por prodígios e milagres.



João 20,24-25 – O Apóstolo Tomé estava sem fé, infiel, negando a acreditar na ressurreição de Jesus. Ele ainda ensinou infalivelmente na Índia e também forma, juntamente com os outros 11, o fundamento da Igreja.



Romanos 3,3-4 – A infidelidade dos membros não anula a fidelidade de Deus e a ação do Espírito Santo na Igreja.



Efésios 5,25-27 – Assim como Jesus Cristo tem duas naturezas, uma humana e uma divina; a Igreja, Sua Esposa, é também de ambas, humana e divina. Ela é a Esposa Santa e sem mancha de Cristo, com membros humanos pecadores.



Encíclica Mystici Corporis, §64 – «E se às vezes na Igreja se vê algo em que se manifesta a fraqueza humana, isso não deve atribuir-se a sua constituição jurídica, mas àquela lamentável inclinação do homem para o mal, que seu divino Fundador às vezes permite até nos membros mais altos do seu corpo místico para provar a virtude das ovelhas e dos pastores e para que em todos cresçam os méritos da fé cristã. Cristo, como acima dissemos, não quis excluir da sua Igreja os pecadores; portanto se alguns de seus membros estão espiritualmente enfermos, não é isso razão para diminuirmos nosso amor para com ela, mas antes para aumentarmos a nossa compaixão para com os seus membros.»



I Timóteo 5,19-20 – Paulo reconhece que os presbíteros da Igreja podem ser infiéis.



II Timóteo 2,13 – E mesmo se nós formos infiéis, Deus permanece fiel, porque Ele não poder negar-Se a Si mesmo, pois, Deus é incapaz de mentir.



II Timóteo 2,20 – Numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata, mas também de madeira e de barro, alguns para uso nobre, alguns para o uso vil.



Jeremias 24 – O plano de Deus inclui ambos os figos, os bons e os maus. Os bons figos serão recompensados, e os maus figos serão descartados.



b) Membros rebeldes



Atos 20,29-30; II Pedro 2,1 – Paulo e Pedro disseram que se infiltrariam lobos cruéis, falsos doutores na Igreja para tentar derrubá-la, espalhar heresias e tentar arrebatar o rebanho, confundindo os fieis. Isso não pode enfraquecer a nossa fé, mas antes, devemos ser mais zelosos em conhecer e seguir os ensinamentos verdadeiros do Magistério vivo da Igreja: do sucessor de Pedro, o Papa, e dos bispos em comunhão com ele.



I Coríntios 11,19 – O Espírito Santo nos previne, por meio do Apóstolo, que deveria haver heresias para que aqueles que são verdadeiros virtuosos e aprovados na fé se manifestem a favor da verdadeira e santa doutrina de Cristo. Já o Senhor Jesus Cristo nos disse que veio trazer a separação (Lucas 12,51). Assim, desde agora, já são desmascarados e separados os cabritos das ovelhas. Aquele que não segui a doutrina de Cristo é exterminado do meio povo (Atos 3,23). É este o motivo de tantas denominações sendo criadas, uma após outra, foras das pastagens do Aprisco do Bom Pastor.



Romanos 16,17; Tito 3,10-11 – O Apóstolo nos recomenda desconfiar dos que causam divisões apartando-se da doutrina de Jesus Cristo e manda que evitemo-los, “visto que esses tais são perversos que, perseverando nos seus pecados, se condenam a si próprios.”



II Coríntios 11,13-15.26; Gálatas 2,4; Judas 1,4.20 – Aqui Paulo e Judas dizem que naquele tempo, já na Igreja primitiva, haviam se introduzido esses falsos apóstolos e salsos irmão. Isso não é motivo para também nós nos rebelarmos e sair fundando denominações após outras. Isto se chama Protestantismo. Não devemos seguir esses falsos doutores e apóstolos, verdadeiros falsificadores da palavra de Deus (II Coríntios 2,17), rebeldes ao Magistério vivo da Igreja; renegando ao Senhor Jesus Cristo e Sua doutrina, inventam para si próprio, um outro Jesus, diferente Daquele que a Igreja Católica tem pregado desde os doze Apóstolos (II Coríntios 11,4).



Apocalipse 2,9-10.13-16.20-25; 3,9-11 – O Senhor nos exorta a não seguir esses falsos doutores que espalham suas heresias por toda a parte, doutrinas perversas de satanás. E manda-nos guardar íntegra a verdadeira doutrina de Sua Igreja até o fim, para então recebermos o prêmio da vida eterna.



c) Os gloriosos templos da Igreja Católica



I Reis 6,7-8 – O Senhor manda-nos construir elaborados e belos lugares de culto. Alguns não-católicos pensam que isso é uma controvérsia e o dinheiro deveria ser dado aos pobres; mesmo não havendo nenhuma organização que faça mais pelos pobres do mundo que a Igreja Católica. A Igreja Católica constrói os templos com beleza porque neles ela serve à celebração da glória de Deus (Efésios 1,11), o Santo Sacrifício de Cristo (a Missa), e Cristo Rei continua com Sua real presença nas Sagradas Hóstias que são guardadas nos sacrários para ser adorado também após a celebração da Santa Missa. Deus deve ser honrado não somente em nosso interior, mas também com o exterior.



Mateus 26,8-9; Marcos 14,4-5; João 12,4-5 – Comentários negativos a respeito da beleza da igreja são como os discípulos – em especial Judas traidor – reclamando da mulher que ungiu a cabeça e os pés de Jesus com óleo que custava muito dinheiro. Jesus deseja que nós O honremos com nossos melhores presentes, não por Ele, mas por nós mesmos, de modo que demonstremos o nosso respeito e amor para com Ele.



Mateus 26,10-11 – Jesus diz que nós temos os dois deveres, honrar a Deus e dar aos pobres – uma vida equilibrada de reverência e caridade.



Isaías 60,5-9.16-17 – As críticas dos protestantes contra as riquezas que são usadas na construção dos templos da Igreja Católica são sem sentido. Porque isso foi profetizado. Se fôssemos levar em conta essa crítica dos protestantes, teríamos de aceitar que Isaias foi um falso profeta, e que não se cumpre na Igreja de Cristo, a Católica, a profecia a quem é dirigida todo o capítulo 60.



Mateus 10,24-25 – Mais ainda. Os católicos não têm que ficar vergonhosos ou anexados por essas críticas, mesmo que com isso, os protestantes abram a boca para dize que a besta, meretriz, prostituta ou a babilônia do Apocalipse, se refere à Igreja Católica (por ela ter riquezas materiais: os seus gloriosos templos), ao contrário, devem é se alegrar no Senhor por estarem sendo humilhados pelos homens, assim como o Divino Mestre foi. Jesus disse claramente que Sua Igreja seria muito mais atacada do que Ele. Os protestantes são os verdadeiros descendentes dos fariseus e boca do dragão que ataca a Igreja de Jesus (Apocalipse 12,15-17).





† † †





«Certa é esta doutrina, e quero que a ensines com constância e firmeza, para que os que abraçaram a fé em Deus se esforcem por se aperfeiçoar na prática do bem. Isto é bom e útil aos homens.» (Tito 3,8)



«Afastamos de nós todo procedimento fingido e vergonhoso. Não andamos com astúcia, nem falsificamos a palavra de Deus. Pela manifestação da verdade nós nos recomendamos à consciência de todos os homens, diante de Deus.

Se o nosso Evangelho ainda estiver encoberto, está encoberto para aqueles que se perdem, para os incrédulos, cujas inteligências o deus deste mundo obcecou a tal ponto que não percebem a luz do Evangelho, onde resplandece a glória de Cristo, que é a imagem de Deus.

De fato, não nos pregamos, a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor.

Quanto a nós, consideramo-nos servos vossos por amor de Jesus. Porque Deus que disse: Das trevas brilhe a luz, é também aquele que fez brilhar a sua luz em nossos corações, para que irradiássemos o conhecimento do esplendor de Deus, que se reflete na face de Cristo. Porém, temos este tesouro em vasos de barro, para que transpareça claramente que este poder extraordinário provém de Deus e não de nós.» (II Coríntios 4,2-7)

«Guardai-vos, pois, de recusar ouvir Aquele que fala. Porque, se não escaparam do castigo aqueles que Dele se desviaram, quando lhes falava na terra, muito menos escaparemos nós, se O repelirmos, quando nos fala desde o céu.» (Hebreus 12,15)



“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

diz Jesus Cristo (João 8,32).


“Contra a verdade não temos poder algum” (II Coríntios 13,8).

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A SUCESSÃO APOSTÓLICA

2ª parte:

A SUCESSÃO APOSTÓLICA

I. Os Líderes Ordenados Participam do Ministério e Autoridade de Jesus

Isaías 61,5-6 – Muitos séculos antes de Cristo vir ao mundo, Isaías foi inspirado a escrever Suas Palavras, profetizando sobre a autoridade que os Apóstolos receberiam Dele, tornando-os “sacerdotes do Senhor”, “ministros de Deus”. Deus prometeu a Davi que “revestiria de salvação os sacerdotes” do seu Ungido (Jesus) (Salmo 132[131],16). Isso significa que os sacerdotes têm autoridade no ministério de Jesus Sumo Sacerdote.

Lucas 4,16-21 – Jesus confirma isso, dizendo que a profecia que está em Isaías 61 se cumpriu em Sua Pessoa. Por tanto, as palavras que Isaías escreve no capítulo 61, são do próprio Cristo, dirigidas aos seus sacerdotes ministeriais.

Mateus 10,1; Marcos 3,14-15; 6,7.12-13; Lucas 9,1-2; 10,3.9 – Livremente, Jesus concede Sua autoridade aos Seus Apóstolos, enviando-os para pregar o Reino de Deus, atuando com o Seu poder, curando os enfermos e expulsando os demônios.

Lucas 10,19 – Jesus concede este poder, não somente aos bispos, mas também aos presbíteros (também sacerdotes ordenados). Eles possuem autoridade de Jesus sobre o sobrenatural, o “poder para pisar serpentes, escorpiões e todo o poder do inimigo.”.

Mateus 16,19; 18,18 – Aos Apóstolos é dada a autoridade de Cristo (é Jesus mesmo quem lhes confere essa autoridade e poder) para tomarem decisões com atos visíveis na terra e que serão ratificados no Céu. Deus eleva a humanidade em Cristo, exaltando os Seus escolhidos a serem líderes da Igreja e beneficiando-os com a autoridade e dom que eles precisam para trazer a conversão e salvação ao Seu povo. Sem uma autoridade central e elevada na Igreja, haveria caos e total confusão, sem unidade de fé e moral (como há no Protestantismo).

Compêndio do CIC (C.CIC), §109 – «No Reino, que autoridade Jesus confere a seus Apóstolos? – Jesus escolhe os Doze, futuras testemunhas da sua Ressurreição, e os faz partícipes da sua missão e da sua autoridade para ensinar, absolver os pecados, edificar e reger a Igreja. Nesse colégio, Pedro recebe "as chaves do Reino" (Mt 16,19) e ocupa o primeiro lugar, com a missão de guardar a fé na sua integridade e de confirmar os seus irmãos.»

Lucas 12,32; 22,29 – Assim como o Pai deu o reino ao Filho, o Filho deu o reino aos Seus Apóstolos. O Dom é transferido do Pai para o Filho, e do Filho para os Apóstolos. Este é o agrado do Pai.

Números 16,28 – A autoridade do Pai é transferida para Moisés. Moisés não fala e nem faz nada por ele mesmo; é Deus quem faz e fala através dele. Isso é uma real transferência de autoridade.

João 5,30 – Similarmente, Jesus – como Filho Homem – não faz nada por Si mesmo, mas faz e ensina sob a autoridade do Pai, que O enviou.

João 7,16-17; 12,49 – Jesus declara que Seus ensinamentos e as obras que realiza, não provêem de Si mesmo, mas de Deus Pai. Isso é uma verdadeira transferência de autoridade divina. Essa autoridade, Jesus transfere aos Seus Apóstolos.

João 8,28-29; 14,10 – Jesus diz que não faz nada por Sua própria autoridade, e que Deus está com Ele. Do mesmo modo, os Apóstolos não fazem nada por sua própria autoridade. A autoridade dos bispos vem de Deus, por Jesus Cristo, pela graça do Espírito Santo. Eles não “ligam e desligam” e nem ensinam por si mesmos, mas é Jesus quem ensina, “liga e desliga” por meio deles.

João 13,20 – Jesus diz, “Quem recebe aquele que Eu enviar, recebe a Mim.”. Quem recebe os Apóstolos, recebe o próprio Cristo. A palavra “apóstolo” significa “enviado”. Os bispos e presbíteros são operários da grande messe do Senhor (Mateus 9,37-38; 20,1; Lucas 10,2).

C.CIC, §328 – «Qual é o efeito da Ordenação presbiteral? - A unção do Espírito marca o presbítero comum com um caráter espiritual indelével, configura-o a Cristo sacerdote e o torna capaz de agir no Nome de Cristo Cabeça. Sendo cooperador da Ordem episcopal, ele é consagrado para pregar o Evangelho, para celebrar o culto divino, sobretudo a Eucaristia de que tira força o seu ministério, e para ser o pastor dos fiéis.»

João 16,12-15 – O Pai transfere Sua autoridade para Seu Filho, e o Filho transfere essa autoridade aos Apóstolos, pelo Espírito Santo Paráclito, o qual guiará os Apóstolos em toda a Verdade. Toda a autoridade vem de Deus Pai. O Filho recebe o que é do Pai e o Espírito Santo recebe o que é do Filho. Toda essa autoridade é dada aos bispos; eles não ensinam, ‘ligam e desligam’ por sua própria autoridade.

Mateus 28,18-20; Marcos 16,15-18; João 17,18; 20,21 – O Pai enviou o Filho e deu-lhe toda a autoridade no Céu e na Terra (glorificando-O após a ressurreição). O Filho envia os Apóstolos com Sua autoridade, do mesmo modo que foi enviado pelo Pai – Deus Todo-Poderoso. Os Apóstolos possuem a autoridade divina para ensinar as nações e fazer discípulos.

Atos 20,28 – Os Apóstolos são guardiões e pastores do rebanho que é confiado a cada um deles. Jesus é o Pastor e Guarda de nossas almas (I Pedro 2,25). Os Apóstolos, pela autoridade e poder recebidos (que provém do Pai ao Filho, do Filho aos Apóstolos, pelo Espírito Santo), participam do ministério e autoridade de Cristo.

II Coríntios 3,5-6 – Paulo diz que é Deus quem os fez aptos ministros da Nova Aliança. Isto se refere ao sacerdócio ministerial que Cristo lhes conferiu: “chamar-vos-ão sacerdotes do Senhor, de ministros de nosso Deus sereis qualificados.” (Isaías 61,6). Jesus é o autor da Nova e Eterna Aliança e, ao mesmo tempo, Ele mesmo é a Aliança entre Deus e os homens; mas Ele coloca administradores para levarem a graça da salvação desta Aliança Eterna ao redor do mundo.

Jeremias 23,1-8; Ezequiel 34,1-10; I Pedro 5,1-4 – Os pastores devem pastorear o rebanho de Cristo (o rebanho é confiado pelo Pai ao Filho, e o Filho confia o rebanho aos Seus Apóstolos). Os pastores serão cobrados no dia do juízo. Receberão a recompensa por terem sido bons pastores, ou o castigo por terem sido maus pastores. Eles são os operários da Messe do Senhor (Mateus 24,48-51; 7,23).


II. As Chaves de Pedro e Sucessão Papal

I Samuel 10,1; 16,12-14; 5,1-3; II Samuel 7,8 – Vemos aqui que o profeta do Senhor, Samuel, ungiu Saul rei de Israel, “chefe” da herança do Senhor. Saul não agradou o Senhor, desobedeceu ao profeta Samuel e por isso o Senhor mandou Samuel ungir Davi para ser o futuro rei de Israel, sucedendo a Saul. Todos os anciãos de Israel sagraram Davi como o novo rei/chefe de Israel. Vemos uma verdadeira sucessão.

II Samuel 7,12-15; Salmo 89,3-4 [88,4-5]; I Crônicas 17,12-14 – Deus promete a Davi que lhe suscitaria um descendente para ser seu sucessor e que Ele mesmo (Deus) firmaria o seu reino para sempre. Esse descendente/sucessor de Davi construiria um templo para o Senhor, e o Senhor promete que não lhe tiraria a Sua graça, como o fez a Saul, mesmo se ele cometesse alguma falta.

I Reis 1,38-39.45-48 – Vemos que Salomão, filho de Davi, foi consagrado sucessor de seu pai, conforme o Senhor tinha prometido. “Salomão sentou-se no trono de Davi, seu pai, e seu reino foi solidamente estabelecido.” Conforme a promessa do Senhor Deus a Davi.

I Reis 6,1; 8,20; 6,11-13; 9,4-9 – Salomão construiu um templo para o Senhor, conforme o Senhor tinha dito a Davi. O Senhor disse a Salomão que cumpriria nele (Salomão) a promessa que tinha feito a Davi, de que não faltaria jamais um descente para Davi e que seu trono se firmaria para sempre, se ele (Salomão) colocasse em prática as suas ordens, obedecendo, praticando e observando os Seus mandamentos, leis e preceitos. / I Reis 11 – Mas Salomão se desviou das ordens do Senhor, com isso o Senhor já estava livre de cumprir as Suas promessas na pessoa de Salomão e assim por diante com os seus sucessores, pois Salomão não seguiu os mandamentos e preceitos do Senhor. Por tanto, daqui para frente já não há um descendente de Davi, como seu sucessor, sentando em seu trono e governando sobre todo o Israel, ficando o reino dividido (11,31).

I Reis 11,39; Amós 9,11; Lucas 1,32; Atos 15,14-18 – Mas Deus disse que não humilharia para sempre a descendência de Davi; e também disse pelo profeta Amós que reedificaria “o tabernáculo de Davi”. Ora, os Apóstolos compreenderam claramente que isso se cumpriu em Jesus, descendente de Davi. A partir de agora, todas as promessas e predições que o Senhor fez a Davi, se cumpririam em Jesus Cristo.

Isaias 22,15-23 – No antigo reino de Davi, Eliacim sucedeu Sobna como o administrador chefe do palácio de Salomão (II Reis 18,18.37; 19,2) para governar na casa de Deus. No reino deve ser empregado um mecanismo de sucessão soberana para que subsista o cargo de “prefeito do palácio”. Assim como Deus “reedificou o tabernáculo de Davi”, colocando Jesus em seu trono; Jesus também “reedificou o tabernáculo” de “prefeito do palácio”, apontando Pedro para esse cargo.

Isaias 22,15-19 – Sobna é descrito como tendo um “ofício”, um “posto”. Para este ofício continuar sendo um ofício, tem que ter sucessores. Para que um reino dure, é necessário um sucessor representativo. Esse foi o caso do Reino da Antiga Aliança, e esse é o caso no Reino da Nova Aliança que cumpri a Antiga Aliança. Jesus Nosso Reino está no Céu, mas Ele apontou um chefe sobre o governo de Sua casa com um plano para uma sucessão de representantes.

Isaías 22,16 – Olhando essa profecia em segundo plano, assim como o vimos acima as profecias que se referia a Davi, seu reino e sua descendência, tudo se cumprindo em Jesus, devemos ver Jesus no lugar de Sobna, e no lugar de Eliacim, devemos ver Pedro. Neste verso vemos Deus se dirigindo a Sobna (Jesus), e Ele diz: “Vai ter com esse ministro...” “que talha para si uma morada na rocha”. Incrível, não? Assim como nas profecias e predições que Deus fez a Davi, que se cumprem em Cristo; devemos ver também nessa profecia, uma alegoria indicando Pedro, a “rocha” na qual Jesus edifica a Igreja.

Isaías 22,15-19 – Nestes versos devemos ver a fúria da justiça divina descendo sobre Jesus na Paixão. Jesus é “Aquele que não conheceu o pecado, [mas] Deus O fez pecado por nós” (II Coríntios 5,21). Nos versos 19 e 20, Deus diz que depô-lo-ia (a Jesus) de Seu cargo, arrancando-O de seu assento e colocar Eliacim (Pedro).

Isaías 22,21 – Pedro seria colocado no “posto de Jesus”, como pastor chefe de todo o rebanho. Pedro e seus sucessores são revestidos com a autoridade de Cristo. O Papa é o “Vigário de Cristo”.

Ezequiel 34,23; 37,24 – Davi, ou seja, Jesus, deverá ser o único pastor para o único rebanho. Mas Jesus subiu aos céus e, antes disto, teve de apontar um homem que seria Seu sucessor representativo, governando sobre o Seu reino na terra, sendo o pastor visível do rebanho (João 10,16; João 21,15-17).

C.CIC, §182 – «Qual é a missão do papa? – O papa, bispo de Roma e sucessor de São Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade da Igreja. É o vigário de Cristo, chefe do Colégio dos bispos e pastor de toda a Igreja, sobre a qual tem, por divina instituição, poder pleno, supremo, imediato e universal.»

Jeremias 33,17 – Jeremias profetizou que jamais faltará um sucessor a Davi para ocupar o trono da Casa de Israel. Ou essa profecia se cumpre na Igreja Católica com a sucessão papal – Pedro e seus sucessores; ou essa profecia é falsa e não há um sucessor representativo para Davi (Jesus) por toda a história.

Daniel 2,44 – Daniel profetizou que o reino do Messias (Jesus) nunca será destruído. Ou isso é uma falsa profecia, ou esse reino requer sucessão para que não seja dividido e nem tenha fim (Lucas 1,33) como aconteceu após o reinado de Salomão no Antigo Testamento.

Isaias 22,21 – Eliacim (Pedro) seria um “pai” (“Papa”) para o povo de Deus. A palavra Papa é usada pelos católicos para descrever o chefe governante do reino de Cristo. A palavra italiana “Papa” significa “Pai”. Por isso os católicos chamam o líder da Igreja “Papa”. O Papa é o pai do povo de Deus, o chefe governante do reino e o representante de Cristo na terra.

Isaias 22,22 – Vemos que as chaves do reino passam de Sobna (Jesus) para Eliacim (Pedro). Assim, as chaves são usadas não somente como um símbolo de autoridade sobre o reino, mas também para facilitar a sucessão. As chaves do Reino de Cristo passaram de Pedro para Lino (primeiro sucessor de Pedro), e assim por diante até ao nosso atual Papa, com uma autêntica sucessão por quase 2.000 anos. O papa tem autoridade sobre o reino: “dele estão pendentes todos os membros... os ramos principais e os ramos menores, toda espécie de vasos, desde os copos até os jarros.” (22,24).

Atos 1,20 – Vemos no início da Igreja que sucessores são imediatamente escolhidos para o ofício de apóstolos. Assim como a Igreja ungiu um sucessor para Judas, também o fez quando precisou de um sucessor para Pedro, após sua morte, e assim continua fazendo, após a morte do Papa.



João 21,15-17; Lucas 22,31-32 – A criação do ofício de Pedro – por Jesus – como pastor chefe com as chaves, passou para Lino, Anacleto, Clemente I, todo o caminho até o nosso atual Santo Padre. Jesus não constituiria Pedro como Seu representante para depois não haver uma sucessão após a morte dele.



Mateus 23,2 – Isto mostra que os judeus compreenderam a importância da sucessão para a cadeira e sua autoridade. Aqui, Jesus respeita o assento (“cathedra”) de autoridade, que foi preservado pela sucessão. Na Igreja, o assento de Pedro é chamado “cathedra”, e quando o sucessor de Pedro fala oficialmente de um assunto de Fé ou Moral, isso pode elevar ao nível de um magistério “ex cathedra” (da cadeira), o que significa que o ensinamento é, pela graça do Espírito Santo, infalível.



Efésios 3,21 – A Palavra Divina conta-nos que a Igreja de Jesus Cristo existirá em todas as gerações. Somente a Igreja Católica pode provar, pela sucessão, tal existência. Nossos irmãos e irmãs protestantes ficam inconfortáveis com essa passagem, porque isso necessita que eles olhem para uma Igreja que existiu por 2.000 anos. Isso significa que todas as outras denominações cristãs (algumas das quais estão por aí por até menos de um ano!) não podem ser a Igreja que Cristo edificou sobre a rocha de Pedro.





III. A Autoridade é Transferida pelo Sacramento da Ordem



Isaías 61,9 – Os Apóstolos teriam sucessores que estariam ao redor do mundo e seriam reconhecidos pelas nações como a raça especial do Senhor.



Jeremias 33,17-26 – Deus diz que a promessa que fez a Davi jamais será revogada. Ele prometeu que jamais faltará um sucessor a Davi, para ocupar o seu trono, e descendentes aos sacerdotes, Seus ministros. Jesus ocupou o trono de Davi, e instituiu o novo sacerdócio ministerial, o qual não terá fim, porque Deus prometeu que multiplicaria a raça dos sacerdotes como as estrelas do céu. O Senhor diz que jamais faltarão sacerdotes para oferecer-Lhe os sacrifícios. Deus está falando da sucessão apostólica e ordenação sacerdotal que haveria no novo reino de Davi, a Igreja. Essas promessas de Deus provam que nesse reino haveria o papado: a ordenação de um sucessor representativo para Jesus como Seu Vigário; a sucessão apostólica: ordenação de sucessores para os apóstolos; e a ordenação de sacerdotes ministeriais.



Efésios 2,20 – A Igreja de Cristo é edificada sobre os Apóstolos. Isso prova que toda a autoridade que Jesus concedeu aos Seus Apóstolos, não pode morrer com a morte deles, mas precisa seguir em frente (pela sucessão apostólica, é claro), porque “fundamento” não significa que os doze Apóstolos são o fim da construção – da Igreja – mas o começo. Jesus não disse e nem está registrado na Bíblia que essa autoridade acabaria nos doze Apóstolos.



C.CIC, §176 – «O que é a sucessão apostólica? - A sucessão apostólica é a transmissão, mediante o sacramento da Ordem, da missão e do poder dos Apóstolos a seus Sucessores, os Bispos. Graças a essa transmissão, a Igreja permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem, enquanto ao longo dos séculos ordena, para a difusão do Reino de Cristo sobre a terra, todo o seu apostolado.»



Atos 1,15-26 – A primeira coisa que Pedro faz após a ascensão de Jesus ao Céu é liderar a primeira sucessão apostólica. Matias é ordenado com a completa Autoridade Apostólica. Somente a Igreja Católica pode demonstrar uma inquebrantável linhagem de sucessão até aos Apóstolos em união com Pedro pelo Sacramento da Ordem e desse modo reivindicar-se ao ensino com a própria autoridade de Cristo.



Salmo 109[108],8); Atos 1,20 – Um sucessor de Judas tem de ser escolhido para ocupar o seu cargo. A autoridade de seu ofício (seu “bispado”) é respeitada com dignidade. A necessidade de ter sucessão apostólica para a Igreja sobreviver e continuar até o fim do mundo (Mateus 28,20) é entendida por todos. Os protestantes têm que compreender que Deus nunca disse: “Eu darei líderes a vós com autoridade por 400 anos, mas depois que a Bíblia estiver compilada, vós estareis todos por si mesmos.” Mesmo assim, os líderes da Igreja, que viveram até o IV século, pregaram a doutrina santa da Igreja Católica.



Atos 1,22 – Literalmente, “um, deve ser ordenado”. É necessária ordenação apostólica para ensinar com a autoridade de Cristo.



Atos 6,6 – A ordenação de diáconos deve ser feita pelos Apóstolos, pela imposição das mãos (ordenação).



Atos 13,3-4 – Aqui Paulo e Barnabé estão sendo ordenados bispos, e assim são “enviados pelo Espírito Santo” com a completa autoridade apostólica. (E pala relembrar, a palavra “apóstolo” significa “enviado”.) A autoridade apostólica é transferida pela imposição das mãos com o Sacramento da Ordenação. Essa autoridade deve vir de um bispo (sucessor dos Apóstolos), sob a autoridade do bispo de Roma, o sucessor de Pedro.



C.CIC, §326 – «Qual é o efeito da Ordenação episcopal? - A Ordenação episcopal confere a plenitude do sacramento da Ordem, faz do bispo o legítimo sucessor dos Apóstolos, insere-o no Colégio episcopal, partilhando com o papa e os outros bispos a solicitude por todas as Igrejas, e lhe confia os ofícios de ensinar, santificar e reger.»



Atos 14,23 – Como os Apóstolos, os novos bispos ordenados, Paulo e Barnabé, possuíam autoridade apostólica para ordenarem outros bispos e presbíteros (também designados na Escritura por anciãos), pois, como bispos, eles eram sucessores dos próprios Apóstolos. E assim por diante, são ordenados novos sucessores dos Apóstolos para apascentar o rebanho ao redor do mundo.



Atos 15,22-27 – Os pregadores da Palavra devem ser enviados pelos bispos que estiverem em comunhão com o bispo de Roma – o Papa. Nós devemos trilhar essa sucessão até os Apóstolos para termos certeza de ser um sucessor autêntico com autoridade apostólica.



I Timóteo 4,14 – Paulo chama a atenção de Timóteo, exortando-lhe a não negligenciar a ordenação recebida pela imposição das mãos. Aqui, Timóteo já é um bispo – um sucessor dos Apóstolos.



I Timóteo 5,22 – Paulo exorta Timóteo para tomar cuidado em escolher os candidatos a receberem o Sacramento da Ordem (pela imposição das mãos). Este dom de autoridade é uma realidade e não pode ser usado com indiferença.



I Timóteo 3,1-2 – Paulo usa a palavra “episcopoi” (episcopado) referindo-se a uma função. Todos entenderam que o uso da palavra episcopoi e função significa que esse ofício continua com um sucessor. Paulo dá algumas instruções a Timóteo (bispo) para escolher os homens retos para serem bispos. Isto é sucessão apostólica. Timóteo é sucessor e por isso tinha autoridade para escolher outros sucessores apostólicos.



II Timóteo 1,6 – Novamente, Paulo relembra Timóteo o dom de Deus que recebeu pela imposição das mãos. Paulo mesmo foi um dos que lhe impôs as mãos.



Tito 1,5 – Paulo também recomenda as mesmas instruções a Tito – também bispo – para estabelecer anciãos nas comunidades de cada cidade. Ele está se referindo ao Sacramento da Ordem. Em cada comunidade deve haver um presbítero (I Timóteo 5,17; Lucas 10,1) para presidir com autoridade.



I João 4,6 – “Quem conhece Deus, ouvi-nos” (os bispos). É deste jeito que discernimos a verdade e o erro (não por apenas ler a Bíblia e interpretar por nós mesmos). Isso prova que deve haver sucessores aos Apóstolos, revestidos da mesma autoridade.



Êxodo 18,25-26 - Moisés colocou vários líderes sobre o povo de Deus. Vemos uma transferência de autoridade. E Moisés era a cabeça dos líderes.



Êxodo 28,1.41; 30,30; 40,13-15 – Deus manda Moisés ungir Aarão e seus filhos e consagrá-los como sacerdotes, para servirem à função sacerdotal ao serviço do Senhor. Deus diz que o sacerdócio duraria para sempre. Isto somente cumpre-se com uma inquebrantável sucessão.



Levítico 6,15 – Deus demonstra Sua vontade em ter uma sucessão aos sacerdotes.



Números 3,3.10 – Aarão e seus filhos foram formalmente ungidos e ordenados sacerdotes para exercerem o ministério sacerdotal.



Números 16,40 – Mostra que a intenção de Deus é uma inquebrantável sucessão em Seu reino na terra. Se o sacerdote não era um sucessor ordenado por Aarão e seus descendentes, não tinha autoridade nenhuma para exercer o ministério sacerdotal que Deus implantou.



Números 25,13 – Deus promete que o sacerdócio será eterno. Isso só pode acontecer se houver transferência de autoridade pela unção e consagração com a imposição das mãos – isto se chama sucessão.



Números 27,18-20 – Deus manda Moisés consagrar Josué como seu sucessor, transferindo para ele a sua autoridade, para que o povo passasse a obedecer-lho.



Deuteronômio 34,9 – Moisés obedeceu ao Senhor e ungiu Josué como seu sucessor, pela imposição das mãos, enchendo-o do Espírito de Sabedoria. E o povo lhe obedecia como um autêntico sucessor de Moisés.



Deuteronômio 10,6 – Vemos aqui que um filho de Aarão sucedeu-lhe no ministério de sumo sacerdote, exercendo a mesma função que Aarão exercia quando estava vivo.



Hebreus 7,11-17 – Deus revela que o “sacerdócio foi transferido” dos levitas, para Jesus e Seus ministros, “segundo a ordem de Melquisedeque, e não segundo a ordem de Aarão.”.



Hebreus 4,14; 7,21.24; 8,1.6; 9,11; 10,21 – Na Nova e Eterna Aliança, Jesus é o novo Sumo Sacerdote sobre a Casa de Deus, a Igreja de Deus vivo. E os ministros que exercem o sacerdócio ministerial são os sacerdotes ordenados pelo próprio Sumo Sacerdote Jesus (Lucas 22,19; João 20,22-23): bispos e presbíteros (Atos 26,16; Romanos 15,16; Efésios 6,21; II Coríntios 3,6; Colossenses 1,7.23.25; 4,7; I Tessalonicenses 3,2; I Timóteo 3,1-2; 4,6; 5,17; Tito 1,7; Tiago 5,14). E para perpetuar esse sacerdócio ministerial, com novas ordenações e transferência de autoridade (numa eterna sucessão), deu-lhes de Sua própria autoridade (as chaves de Pedro), para “ligar e desligar” (Mateus 16,19; 18-18).



C.CIC, §174 – «Por que a Igreja é Apostólica? - A Igreja é apostólica por sua origem, estando edificada sobre o "alicerce dos Apóstolos" (Ef 2,20); por seu ensinamento, que é o mesmo dos Apóstolos; por sua estrutura, porquanto ensinada, santificada e dirigida, até a volta de Cristo, pelos Apóstolos, graças a seus sucessores, os bispos em comunhão com o sucessor de Pedro.»



Isaías 54,11-12; Efésios 2,20; Apocalipse 21,14.19-20 – Tendo os Apóstolos por fundamento, a Igreja continua eternamente pela transferência de autoridade – sucessão. São eles (os Apóstolos, juntamente com seus sucessores), as doze pedras preciosas que formam os alicerces da Cidade de Deus, a Igreja. E é Pedro o primeiro alicerce (a rocha na qual os outros alicerces estão edificados - Lucas 6,48), o Vigário de Cristo, que está representado como a “pedra jaspe” em Isaías e Apocalipse.



Salmo 118[117],22; Isaías 28,16; Atos 4,11; I Pedro 2,4-7 – Cristo é a Pedra angular da Cidade de Deus, a Igreja: “Dela, todos os chefes” (Zacarias 10,4).



Lucas 14,28-30 – (Jesus é Aquele que deveria edificar uma Casa, um Templo para Deus – II Samuel 7,5.12-13; Zacarias 6,12-13) Nesses versos, Jesus mesmo prova que haveria sucessores para os Apóstolos; ou então Ele seria como aquele homem que principiou a edificar e não pôde terminar por não haver com que acabá-la. Ao contrário deste homem, Jesus lançou os alicerces (Apóstolos) sobre a rocha (Pedro), principiou a construção da Igreja e continuou a edificá-la com os sucessores dos Apóstolos. Jesus tem com que continuar a construção: Sucessão Apostólica.



Lucas 6,49 – Jesus não é como aquele homem que construiu a sua casa sobre a terra movediça (e não sobre a rocha Pedro), sem alicerces (sem sucessão apostólica). Essa casa desaba quando as torrentes investem contra ela e grande é sua ruína. Quando os protestantes dizem que a Igreja Católica se corrompeu durante o século III, ou IV, ou V, ou um pouco mais adiante (o incrível é que cada denominação tem uma informação diferente da outra), na verdade eles estão zombando de Jesus Cristo, dizendo que Ele edificou a Igreja sobre a areia, sem alicerces e que Suas promessas não se cumprem.



Mateus 21,40-43; Marcos 12,9-12; Lucas 20,15-17 – Os antigos vinhateiros, os arquitetos e edificadores que rejeitaram a Pedra Angular da construção (Salmo 118[117],22]; Atos 4,11), foram despedidos e, o dono da vinha – Deus – deu a vinha para outros, dando autoridade aos novos operários para administrar a Sua vinha. Essa parábola é extremamente clara! Ela mostra a autoridade que tinham os antigos líderes do povo e, ao mesmo tempo, prova que Deus, por meio de Seu Filho Jesus, instituiu novos ministros para administrarem a Sua vinha até a volta gloriosa de Jesus como Juiz. Ou essa parábola de Jesus é verdadeiramente autêntica, provando a autoridade e sucessão apostólica, e cumprindo-se na Igreja Católica, ou Jesus não era muito bom em parábolas.



I Coríntios 3,9-10 – Paulo está dizendo que eles (os líderes ordenados da Igreja: bispos e presbíteros), são operários com Deus. Ele faz uma separação entre os operários de Deus (bispos e presbíteros) e o campo de Deus (os leigos): os sacerdotes são os edificadores juntamente com Deus, construindo a Igreja; enquanto que os batizados são o edifício de Deus (também “materiais do edifício”, como diz Pedro – I Pedro 2,5). Estes versos são incríveis! Não somente provam que os sacerdotes ordenados têm uma função especialíssima no ministério de Cristo, sendo os edificadores da Igreja juntamente com Jesus e o Pai (Mateus 16,18; Hebreus 11,10); como também provam a necessidade de haver a sucessão apostólica, para continuar a construção do Templo do Senhor, a Igreja (Zacarias 6,15): o Corpo de Cristo (Efésios 4,12).





IV. Obediência à Autoridade Apostólica



Atos 5,23 – O povo reconheceu a autoridade especial dos Apóstolos e os fieis não se atreviam a se auto-denominarem com tal autoridade e poder.



Atos 15,6.24; 16,4 – A autoridade de ensino é privilégio outorgado aos Apóstolos e seus sucessores. Esta autoridade de ensino deve ser trilhada até aos Apóstolos de Cristo, dos quais provém a autêntica sucessão apostólica; ou a autoridade não é sancionada por Cristo. Não sendo sucessor, não tem autoridade e poder de se auto-proclamar Igreja de Cristo e com autoridade sobre o povo.



C.CIC, §162 – «Onde subsiste a única Igreja de Cristo? - A única Igreja de Cristo, como sociedade constituída e organizada no mundo subsiste (subsistit in) na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele. Somente por meio dela se pode obter a plenitude dos meios de salvação, pois o Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança ao único colégio apostólico, cujo chefe é Pedro.»



Atos 19,13-16 – A autoridade apostólica não poder ser tomada por si mesmo, sem ser ordenado por um bispo autêntico sucessor dos apóstolos, os quais receberam autoridade de Cristo. Não podem exercer o exorcismo oficialmente com a autoridade de Cristo, muito menos administrar os Sacramentos da Ordem, Eucaristia, Penitência e Extrema Unção. Esses “exorcismos” que os líderes protestantes fazem durante os cultos, não passam de shows de hipnotismo e puro teatro. Mas o que mais é intrigante é que alguns líderes protestantes dizem ter autoridade para expulsar demônios – outros não; outros dizem ter autoridade para ordenar “pastores” – outros se denominam pastores por si mesmos. De quem receberam essa “autoridade”? E nenhum deles se arrisca a dizer que tem autoridade para administrar os sacramentos da Penitência e Extrema Unção, perdoando pecados, muito menos celebrar o sacrifico de Cristo (a Missa).



Romanos 15,16 – Paulo diz ser um ministro de Cristo Jesus para os Gentios, no serviço sacerdotal do Evangelho de Deus, para que então a oferenda dos Gentios a Deus, possa ser aceitável. Isto se refere ao sacerdócio ministerial (sacerdotes ordenados) que é distinto do sacerdócio universal (leigos batizados). Observe que os Gentios são o “sacrifício” e Paulo faz a “oferenda”.



I Coríntios 5,3-5; 16,22; I Timóteo 1,20; Gálatas 1,8-9 – Estes versos mostram a autoridade dos anciãos para excomungar / anatematizar (“entregar a satanás”).



Mateus 18,17 – Esta autoridade é concedida por Cristo mesmo. Jesus manda os Apóstolos excomungarem os que não ouvem a Igreja e não se submetem a ela. Mas essa autoridade só existe para quem é sucessor dos Apóstolos e estando em comunhão com o sucessor de Pedro, o Papa.



Mateus 10,12-16; Marcos 6,11; Lucas 9,5; 10,5-6 – Os que não recebem os enviados de Jesus, terão um juízo mais rigoroso do que Sodoma e Gomorra. Mas, por que isso?



Mateus 10,40; Lucas 10,16 – Porque Jesus disse: “Quem vos ouve, a Mim ouve; e quem vos rejeita, a Mim rejeita”. Quando ouvimos os ensinamentos e ordens dos bispos, em comunhão com Pedro (o Papa), chefe dos bispos, ouvimos o próprio Jesus – Seus ensinamentos. E se não obedecermos à autoridade apostólica, estamos desobedecendo a Jesus Cristo. Os presbíteros (sacerdotes ordenados, sob autoridade dos bispos) também possuem a autoridade de Cristo para governarem sobre suas comunidades; quando eles pregam o Evangelho, exortam-nos ou nos prescrevem alguma ordem, em comunhão com os ensinamentos do Magistério vivo da Igreja (Pedro, o Papa, e os bispos em comunhão com ele), nós devemos-lhes obediência.



Tito 1,10-11 – Os insubmissos, charlatões e sedutores devem ser punidos e impedidos de pregar doutrinas pervertidas – as heresias. A Igreja sempre enfrentou os hereges, desde os Apóstolos, que espalham heresias perversas e contrárias à sã doutrina de Cristo. Nós devemos olhar para uma Igreja que tem um corpo doutrinal, isento de heresias e que não mudou o seu ensino sobre fé e moral durante 2.000 anos. Todos – protestantes ou não – devem reconhecer que somente a Igreja Católica se encaixa neste requisito.



II Coríntios 10,6 – Novamente, em referência aos ordenados com a autoridade apostólica, Paulo diz que eles estão prontos para punir todos os desobedientes. A Igreja tem a autoridade para excomungar os membros que a desobedecem obstinadamente, sem se retratarem e nem submeterem à sua autoridade apostólica – o Magistério.



C.CIC, §183 – «Qual é a tarefa do colégio dos bispos? – O colégio dos bispos, em comunhão com o papa e jamais sem ele, exerce também sobre a Igreja o supremo e pleno poder.»



II Coríntios 10,5 – E neste verso, Paulo diz: “Nós aniquilamos todo raciocínio e todo orgulho que se levanta contra o conhecimento de Deus, e cativamos todo pensamento e o reduzimos à obediência a Cristo.” Paulo está dizendo que a obediência à autoridade apostólica, é obediência a Cristo.



II Coríntios 5,20 – O glorioso Apóstolo diz que eles – os bispos – são “embaixadores” em Nome Cristo, e que é Deus mesmo que exorta por meio deles. Isto significa que os apóstolos e seus sucessores compartilham uma real participação na missão de Cristo.



II Coríntios 10,8 – Paulo reconhece a autoridade que o Senhor lhes deu (aos ordenados) sobre o rebanho, para a própria edificação da Igreja.



I Tessalonicenses 5,12-13 – Paulo suplica aos membros da Igreja para que respeitem àqueles que têm autoridade sobre eles e os amarem com singular caridade, em vista do cargo que exercem.



II Tessalonicenses 3,14 – Paulo diz que se alguém não obedecer ao que está ordenado nesta carta, é para deixarmos de ter familiaridade com ele. Isto é porque Paulo possui autoridade apostólica.



I Timóteo 5,17 – Os presbíteros (sacerdotes) que governam com autoridade sobre o povo de Deus, principalmente os que trabalham na pregação e ensino, devem ser honrados pelos membros da Igreja.



Tito 2,15 – Os sacerdotes (bispos e presbíteros) devem exortar e repreender com toda a autoridade. Eles não podem ser menosprezados.



Filêmon 1,8 – Paulo diz ter plena autoridade em Cristo para prescrever uma ordem a Onésimo.



Hebreus 13,17 – Os membros da Igreja devem ser submissos e obedecer aos líderes, pois, eles têm autoridade sobre suas almas, sendo responsáveis por elas.



I Pedro 2,18 – Pedro pede aos servos para que sejam submissos aos seus senhores com todo o respeito, não só aos bons, mas também aos maus. Isso (mais ainda) também deve ser seguido quanto aos líderes da Igreja, mesmo eles sendo maus.



I Pedro 5,2-3 – Pedro exorta aos bispos da Igreja a não abusarem da autoridade que possuem sobre o rebanho que lhes é confiado. Os bispos têm autoridade “sobre o rebanho de Deus”.



I Pedro 5,5-6 – Pedro pede aos jovens para que sejam submissos aos anciãos (líderes da Igreja), pois a mão de Deus se manifesta por meio deles. “Humilhai-vos, pois, debaixo da mão poderosa de Deus”.



C.CIC, §187 – «Como os bispos exercem a função de reger? - Cada bispo, como membro do colégio episcopal, tem colegialmente a solicitude por todas as igrejas particulares e por toda a Igreja junto com os outros bispos unidos ao papa. O bispo, a quem é confiada uma Igreja particular, governa-a com a autoridade do sagrado poder próprio, ordinário e imediato, exercido em nome de Cristo, bom Pastor, em comunhão com toda a Igreja e sob a guia do sucessor de Pedro.»



Atos 4,19-20 – Quando Pedro e João foram presos, ao serem ameaçados pelos chefes do povo e anciãos para não mais pregarem em Nome de Jesus, eles responderam: “Julgai-o vós mesmos se é justo diante de Deus, obedecermos a vós mais do que a Deus. Não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido.” E com a segunda prisão dos Apóstolos, Pedro e seus companheiros responderam: “Importa obedecer antes a Deus do que aos homens.” Esses versos são usados freneticamente pelos protestantes, alegando que não devemos obediência à autoridade Apostólica, os líderes da Igreja de Cristo. Não tem coisa mais sem sentido do que esta, pois, como já vimos até aqui, obedecer a Igreja é obedecer ao próprio Cristo. São os protestantes é que obedecem a simples homens – e não a Deus – que fundam denominações uma após outra, ajustando mestres para si. Isso, porque não suportam mais a sã doutrina da salvação ensinada pela Igreja de Cristo (II Timóteo 4,3).



Atos 5,34-39 – Ainda mais, “Levantou-se, porém, um membro do Grande Conselho. Era Gamaliel, um fariseu, doutor da lei e respeitado por todo o povo.” Aconselhou aos chefes e aos magistrados do Grande Conselho o seguinte: “não vos metais com estes homens. Deixai-os! Se o seu projeto ou a sua obra provém de homens, por si mesmo se destruirá; mas se provier de Deus, não poderemos desfazê-la. Vós vos arriscaríeis a entrar em luta contra o próprio Deus.”. Este é um conselho prudentíssimo que os protestantes deveriam seguir para não entrarem em luta contra o próprio Deus, pois, sendo a Igreja Católica obra do Deus vivo, não foi e nem será destruída jamais, não verá o próprio fim, porque o reino do Senhor é eterno – como está muito bem predito: II Samuel 7,16.29; Daniel 2,44; 7,14; Lucas 1,33; Mateus 16,8; etc... Ao contrário do protestantismo que, por ser obra de homens, e ainda lutarem contra Deus (sendo inimigos mortais da Igreja de Cristo), todas as denominações protestantes são destruídas por si mesmo, sendo dividas e subdivididas, e assim por diante, num processo sem fim – como foi muito bem predito: Isaías 41,11-13; 49,17; 54,15; Jeremias 30,16; etc...



Deuteronômio 17,10-13 – Deus ordena ao Seu povo obedecer aos seus sacerdotes quando eles instruem nas questões relativas à lei. O Senhor alerta que aqueles que não obedecerem a Seus sacerdotes, devem morrer (ser excomungados).



Números 16,1-35 – Coré, Datã e Abiron incitaram uma rebelião “protestante” contra Moisés em uma tentativa para confundir a distinção entre o sacerdócio ministerial e o universal. Coré e todos os seus seguidores pereceram por isto. (Essa tentativa de cegar a distinção entre os sacerdotes e os leigos é ainda persuadida por dissidentes no dia de hoje, sem previsão para acabar é claro, pois eles mesmos não possuem autoridade ministerial de Cristo. Aliás, esses três rebeldes do Antigo Testamente até parecem uma pré-figuração do trio rebelde formado por Martinho Lutero, Calvino e Swinglio – os primeiros líderes da reforma protestante.)

A IGREJA QUE JESUS EDIFICOU

A IGREJA QUE JESUS EDIFICOU

O presente artigo é, primeiramente, uma tradução de alguns artigos do site scripturecatholic.com, mas que foi feito vários ajustes, muitos parágrafos foram adicionados, alguns capítulos foram totalmente reformados, tornando este artigo em português num pequeno estudo bíblico. Através dele veremos o testemunho das Sagradas Escrituras sobre alguns pontos da doutrina da Igreja Católica, que sempre é atacada e pisoteada por aqueles que não a compreendem, e também por aqueles que mesmo compreendendo, não a aceitam por total teimosia. Este estudo é especialmente dedicado aos primeiros.

1ª Parte: Pedro, a Pedra da Igreja

I. Pedro é a Rocha na qual a Igreja é Edificada
II. A Evidente Primazia de Pedro
III. Pedro tem as Chaves de Autoridade sobre o Reino na Terra, a Igreja

2ª Parte: A Igreja é Apostólica

I. Os Líderes Ordenados Participam do Ministério e Autoridade de Jesus
II. As Chaves de Pedro e Sucessão Papal
III. A Autoridade é Transferida pelo Sacramento da Ordem
IV. A Obediência à Autoridade Apostólica

3ª Parte: A Igreja é Santa e Católica

I. A Igreja é Mãe Educadora, Infalível e Sobrenatural
II. A Igreja é Visível e Una
III. A Igreja é Hierárquica
IV. Controvérsias dentro da Igreja

«Nas Sagradas Escrituras devemos buscar a verdade, e não a eloqüência. Todo livro sagrado deve ser lido com o mesmo espírito que o ditou. Nas Escrituras devemos antes buscar nosso proveito que a sutileza da linguagem. Tão grata nos deve ser a leitura dos livros simples e piedosos, como a dos sublimes e profundos. Não te mova a autoridade do escritor, se é ou não de grandes conhecimentos literários; ao contrário, lê com puro amor a verdade. Não procures saber quem o disse; mas considera o que se diz.

Os homens passam, mas a verdade do Senhor permanece eternamente. De vários modos nos fala Deus, sem acepção de pessoa. A nossa curiosidade nos embaraça, muitas vezes, na leitura das Escrituras; porque queremos compreender e discutir o que se devia passar singelamente. Se queres tirar proveito, lê com humildade, simplicidade e fé, sem cuidar jamais do renome de letrado. Pergunta de boa vontade e ouve calado as palavras dos santos; nem te desagradem as sentenças dos velhos, porque eles não falam sem razão.»

(A Imitação de Cristo, 1° livro, capítulo 5; de Tomás de Kempis)



1ª parte:

PEDRO, A PEDRA DA IGREJA

I. Pedro é a Rocha na qual a Igreja é Edificada

João 1,42 – Jesus da a Simão o nome “Kepha”, em Aramaico que literalmente significa “rocha”. Isso foi uma coisa extraordinária que Jesus fez, porque “rocha” nem era um nome no tempo de Jesus. Jesus fez isso, não para dar um nome estranho a Simão, mas para identificar sua nova função. Quando Deus troca o nome de uma pessoa, Ele troca sua função.

Gênesis 17,5; 32,28; II Reis 23,34; Atos 4,36; 9,4; 13,9 – Por exemplo, nestes versos, vemos que Deus troca o nome das seguintes pessoas e, como resultado, eles se tornam agentes especiais de Deus, na função que o novo nome significa: Abrão para Abraão; Jacó para Israel; Eliacim para Joaquim; José para Barnabé; Saulo para Paulo; etc...

II Samuel 22,2-3, 32, 47; 23,3; Salmo 18,2.31.46 [17,3.32.47]; 19,14 [18,15]; 28,1 [27,1]; 42,9 [41,10]; 62,2.6.7 [62,3.7-8]; 89,26 [88,27]; 94[93],22; 144,1-2 – Nestes versos, Deus também é chamado de “rocha”. Conseqüentemente, destes versos, os não-católicos argumentam que Deus – e não Pedro – é a rocha que Jesus está se referindo em Mateus 16,18. Este argumento, não somente ignora o sentido plano do aplicável texto, mas também assume que palavras usadas na Escritura, podem ter somente um sentido. Isto, é claro, não é verdade. Por exemplo:

I Coríntios 3,11 – Jesus é chamado o único fundamento, mas em Efésios 2,20, os Apóstolos são chamados de fundamento da Igreja. Similarmente, em I Pedro 2,25 e Hebreus 13,20, Jesus é designado como o Pastor do rebanho, assim como Ele mesmo declarou-Se em João 10,11.14; mas em Atos 20,28 e I Pedro 5,2-3, os Apóstolos também são designados como pastores do rebanho. Estes versos mostram que ali são múltiplas metáforas para a Igreja, e que palavras usadas pelos inspirados escritores das Escrituras, podem ter vários sentidos e serem aplicáveis a várias situações, ou pessoas, como neste exemplo. Os católicos concordam que Deus é chamado Rocha da Igreja, mas isso não significa que Ele não pode conferir esta distinção a Pedro e seus companheiros também, para facilitar a unidade que Ele deseja para a Igreja.

Mateus 16,18 – Jesus disse em Aramaico, tu és “Kepha” e sobre essa “Kepha” edificarei minha Igreja. Em Aramaico, “kepha” significa pedra sólida, e “evna” significa pequeno fragmento. Alguns não-católicos (protestantes) argumentam que, por causa da palavra grega rocha ser “petra”, “Petros” realmente significa “uma pequena pedra”, e consequentemente Jesus estaria tentando diminuir Pedro, bem após ter abençoado-o, chamando-o de pequena pedra. Isto é sem sentido no contesto da benção de Jesus a Pedro; Jesus estava falando aramaico e usou “Kepha”, não “evna”. Usando Petros para traduzir Kepha foi feito simplesmente para refletir o substantivo masculino de Pedro.

Mais ainda, se o tradutor quisesse identificar Pedro, como “pequena pedra”, ele usaria “lithos” como significando um “pequeno fragmento” em grego. Também, Petros e petra eram sinônimos no tempo que o Evangelho foi escrito, assim qualquer tentativa para distinguir as duas palavras são inconseqüentes. Por isso, Jesus chamou Pedro de pedra sólida, não pequeno fragmento, no qual Ele edificaria a Igreja (você nem precisa de Mateus 16,18 para provar que Pedro é a rocha, porque Jesus nomeou Simão como “Rocha” em João 1,42.

Mateus 16,17 – Para mais demonstrar que Jesus estava falando em Aramaico, Jesus diz Simão “Bar-Jona”. O uso de “Bar-Jona” prova que Jesus estava falando em aramaico. Em aramaico, “Bar” significa filho, e “Jona” significa João ou pomba (Espírito Santo). Veja Mateus 27,46 e Marcos 15,34 que dão outro exemplo de Jesus falando aramaico, como Ele pronunciou na forma rabínica o primeiro verso do Salmo 22[21] declarando-Se o Cristo, o Messias. Isto mostra que Jesus estava mesmo falando Aramaico, como os Judeus falavam naquele tempo.

Mateus 16,18 – Também, em citar “sobre esta rocha”, as Escrituras usam o grego “tautee tee”, o que significa sobre “esta” rocha; sobre “esta mesma” rocha; ou, sobre “esta mesmíssima” rocha. “Tautee tee” é um demonstrativo em grego, apontando Pedro, o sujeito da sentença (e não a sua confissão de fé como alguns anti-católicos argumentam) como a mesmíssima rocha sobre a qual Jesus edificaria Sua Igreja. O demonstrativo (“tautee”) geralmente refere-se ao seu antecedente mais próximo (que no caso, é “Petros”). Também, não há lugar algum na Escritura onde “fé” é designada como “rocha”.

Mateus 16,18-19 – Adicionando. Para argumentar que Jesus primeiro abençoa Pedro por ter recebido revelação divina do Pai, depois o diminui chamando-o de pequeno fragmento, e depois o enleva novamente, dando a ele as Chaves do Reino dos Céus, é inteiramente ilógico, e uma grossa manipulação do texto para negar a verdade da liderança de Pedro na Igreja. Isso é uma tripla bênção de Pedro – tu és abençoado, tu és a rocha sobre a qual Eu edificarei minha Igreja, e tu receberás as Chaves do Reino dos Céus (não: tu és abençoado por receber Revelação, mas tu és ainda um insignificante pequeno fragmento, e Eu ainda estou dando-te as Chaves do Reino dos Céus).

Mateus 16,18 – E ainda mais. Se Jesus estivesse se referindo a Si mesmo ou à fé proclamada por Pedro (e não ao próprio Pedro) como a Rocha na qual Ele próprio edificaria a Igreja, no mínimo Ele deveria ter dito: “Tu és Pedro, e sobre esta rocha que anunciastes, edificarei a minha Igreja”, ou “Tu és Pedro, e sobre esta rocha, que Sou Eu mesmo, edificarei a minha Igreja” ou então “Tu és Pedro, e sobre Mim mesmo, que Sou a Rocha, o qual tu declarastes ser o Cristo, edificarei a minha Igreja”. Mas não, Jesus se dirige a pessoa Pedro, declarando que Pedro mesmo é a rocha na qual edificaria Sua Igreja. “Tu és Rocha, e (como que declarando não somente a Pedro, mas também aos outros Apóstolos que estavam ao redor:) sobre esta rocha edificarei minha Igreja.” Jesus quis deixar bem claro aos outros Apóstolos que Pedro era a rocha na qual Ele edificaria a Igreja.

Mateus 16,18-19 – Pra replicar ainda mais o argumento protestante de que Jesus estava falando da confissão da fé de Pedro (não do próprio Pedro) baseado na revelação recebida. Os versos são claros, de que Jesus, após ter reconhecido que Pedro recebeu uma divina revelação, volta todo o discurso à pessoa de Pedro: «Bem-aventurado és “você”, Simão, por a carne nem o sangue terem revelado isto à “você”, mas meu Pai que está nos céus. E eu declaro a “você”: “Você” é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu darei a “você” as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.» Todo o discurso de Jesus se relaciona à pessoa de Pedro, não à sua confissão de fé.

Catecismo da Igreja Católica (CIC), § 881 – «Somente Simão, a quem deu o nome de Pedro, o Senhor constituiu em pedra de sua Igreja. Entregou-lhe as chaves da mesma, instituiu-o pastor de todo o rebanho. Porém, o múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro, consta que também foi dado ao colégio dos apóstolos, unido a seu chefe." Este oficio pastoral de Pedro e dos outros Apóstolos faz parte dos fundamentos da Igreja e é continuado pelos Bispos sob o primado do Papa.»

Mateus 16,13 – Também, da perspectiva geográfica, Jesus renomeia Simão para rocha em Cesaréia de Filipe, próximo a uma massiva formação de rocha (chamada porta do inferno, porque havia um buraco muito fundo que eles achavam que ia ate o fundo do inferno) na qual Herodes construiu um templo a César. Jesus escolheu este estabelecimento para ainda mais enfatizar que Pedro era realmente a rocha na qual a Igreja seria construída e que as portas do inferno nao iriam vence-lá.

Mateus 7,24 – E após designar Simão como a rocha da Igreja, Jesus, como o homem prudente, constrói Sua Casa sobre esta rocha (Pedro), não na areia, para que então a casa não caia.

Lucas 6,48 – A casa (a Igreja) edificada sobre a rocha (Pedro) não pode ser abalada pelas enchentes (o que representa as heresias, cismas e escândalos, que a Igreja enfrentou durante os últimos 2.000 anos). Ocorreram as enchentes, mas a Igreja ainda permanece na rocha sólida de fundação. Todo aquele que ouve as palavras de Jesus e as pratica, edifica sua casa sobre a rocha (Pedro).


 (Lucas 22:31-32).  Jesus na frente de todos os dissipulos anuncia que o demônio queria peneira-los, mas Jesus vira pra Pedro e diz somente a ele no singular que havia rezado por ele para que a Fe dele nao desfalecesse e para ele confirmar os outros dissipulos após a conversão dele...

Mateus 16,21 – É importante também notar que foi depois que Jesus estabeleceu Pedro como líder da Igreja que Ele começou a falar de Sua morte e partida. Isto é porque Jesus agora já apontou o Seu representante na Terra.

João 21,15-17 – Jesus perguntou Pedro se ele O ama “mais do que estes”, referindo aos outros Apóstolos. Jesus singulariza Pedro como o líder do colégio apostólico. Jesus seleciona Pedro para ser o pastor chefe dos Apóstolos quando Ele diz à Pedro: “apascenta os meus cordeiros”, “apascenta as minhas ovelhas”, “apascenta as minhas ovelhas”. Pedro irá pastorear a Igreja como representante de Jesus. Esta passagem reforça ainda mais o argumento de que Pedro é a pedra na qual a Igreja é edificada.




II. A Evidente Primazia de Pedro

Mateus 10,2-4; Marcos 3,16-19; Lucas 6,13-16; João 21,2; Atos 1,13 – A primazia de Pedro começa desde a lista dos doze Apóstolos. Este é um dos muitos exemplos onde Pedro é colocado como o primeiro. Do mesmo modo, em todos os eventos importantes, ele é o porta-voz do colégio apostólico.

Mateus à Apocalipse – Pedro é mencionado 152 vezes, e mesmo combinando os outros Apóstolos juntos, não chegam a somar a quantidade de Pedro, ficando com apenas 130 citações. Pedro também é sempre listado como o primeiro, exceto em I Coríntios 3,22 e Gálatas 2,9 (que são exceções óbvias à regra).

Mateus 8,14; Marcos 1,29; Lucas 4,38 – Foi na casa de Pedro que Jesus se estabeleceu durante Sua vida pública. Isso mostra que o Mestre quis ensinar mais a Pedro do que aos outros Apóstolos, ficando mais tempo com ele do que com qualquer outro discípulo.

Lucas 5,3 – Jesus ensina ao povo é da barca de Pedro, o que é uma metáfora para a Igreja Católica, de onde Ele continua a ensinar, e continuará até a consumação dos séculos, guiando Pedro e toda a Igreja.

Lucas 5,4-10 – Jesus indica Pedro como o líder da barca. Pedro é o capitão do navio – a Igreja –, liderando a pescaria de homens. Pedro é quem foi chamado pelo Divino Mestre para ser “pescador de homens”.

Mateus 14,28-29 – Somente Pedro teve a coragem de ir ao encontro de Jesus andando sobre as águas.

Mateus 16,16; Marcos 8,29; João 6,69 – Pedro é o primeiro dentre os Apóstolos a confessar a divindade de Jesus, que Ele é o Cristo, o Filho de Deus vivo.

Mateus 16,18 – Jesus diz edificar a Igreja apenas sobre Pedro, a rocha, mesmo que os outros Apóstolos, também sejam a fundação da Igreja.

Mateus 16,19 – Somente Pedro recebeu as chaves, o que representa autoridade sobre toda a Igreja. E mais tarde, Jesus conferiu o mesmo poder – “ligar e desligar” – aos outros Apóstolos, dando-lhes também o direito de exercerem da mesma autoridade de Pedro, “ligando e desligando” (Mateus 18,17-18; João 20,21-23). Assim Jesus mostra que Pedro é o Seu mais eminente representante na terra e que os Apóstolos têm de estar em comunhão com ele para exercerem a autoridade "ligar e desligar".

Mateus 17,1; Lucas 9,28-36 – Pedro é mencionado primeiro, seguido por Tiago e João, quando Jesus escolheu estes três para subirem a montanha e lá Se transfigurar diante deles. Somente Pedro falou com Jesus quando terminou a manifestação gloriosa de Jesus Cristo com Moisés e Elias, após o Eterno Pai ter ordenado ouvir a Jesus, ficando Tiago e João totalmente calados.

Marcos 5,37 – Aqui, Pedro é novamente mencionado primeiro, quando Jesus escolheu somente ele, Tiago e João para entrarem com Jesus onde a menina morta estava.

Marcos 14,33-38; Mateus 26,37-41 – Jesus escolheu somente Pedro, Tiago e João dentre os 12 Apóstolos para subir ao monte Getsêmani e acompanhá-Lo em Sua agonia aterradora. Pedro é novamente citado primeiro. E quando Jesus foi ter com os três Apóstolos, que estavam sonolentos, Ele se dirigiu somente a Pedro. Jesus está cobrando de Pedro, sobre suas ações, por causa de sua responsabilidade como o líder dos Apóstolos.

Mateus 18,21 – Estando os Apóstolos reunidos com Jesus, sempre é Pedro quem questiona o Mestre sobre os assuntos mais importantes, como neste caso, sobre a regra do perdão. Um dos vários exemplos da liderança de Pedro entre os Apóstolos. Jesus ensina a Pedro mais do que aos outros, e Pedro, por sua parte, deve confirmar o resto nos ensinamentos verdadeiros do Mestre.

Mateus 19,27; Marcos 10,28; Lucas 18,28 – Aqui, Pedro se mostra como o porta-voz e líder dos Apóstolos, questionando Jesus sobre a recompensa que receberiam os que deixam tudo para segui-Lo. Podemos ver as várias ocasiões onde Pedro é quem fala ao Mestre, sempre sendo a voz de todos os outros Apóstolos:

Marcos 11,21 – Foi Pedro, quem lembrou Jesus da figueira que Ele amaldiçoou dizendo que tinha ficado seca. Tirando de Jesus o grande exemplo do misterioso poder da fé e oração (22-24).

Lucas 8,45 – Segundo o Evangelho de Lucas, Pedro é singularizado dentre os Apóstolos quando Jesus perguntou quem tinha tocado-O no meio da multidão.

Lucas 12,41 – É Pedro quem questiona Jesus se a parábola que incentiva a vigilância era dirigida somente aos Apóstolos ou também a todos os outros discípulos. Questionar o Mestre é parte da formação de Pedro como o pastor chefe visível do rebanho na terra, enquanto Jesus está no Céu, até a Sua volta gloriosa.

João 6,68 – Depois de muitos discípulos terem ido embora – para não mais seguir Jesus – por não terem aceitado a verdade do discurso “muito duro” de Jesus sobre a Eucaristia ser Seu Corpo e Seu Sangue, Jesus se dirigiu aos Apóstolos perguntando-os se eles também deixariam de segui-Lo, e é Pedro, o príncipe e porta-voz de todos os Apóstolos e discípulos fieis – toda a Igreja –, quem se põe a frente e responde com firme fé: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.”. Assim, Pedro está exercendo a sua obrigação, de confirmar a Igreja na doutrina santa de Jesus.

João 13,6-9 – Somente Pedro questionou a humilhação de Jesus sobre lavar os pés dos Apóstolos e os seus também. Novamente, sempre Pedro questionando o Mestre e aprendendo os mistérios do reino.

Marcos 16,7 – Após a ressurreição de Jesus, Pedro é destacado por um Anjo como o líder dos Apóstolos. O Anjo manda Maria Madalena ir avisar aos discípulos de Jesus, principalmente Pedro.

João 20,2 – Maria Madalena correu para avisar a Pedro, antes dos outros Apóstolos, e João estando com ele, também soube do acontecido.

João 20,3-8; Lucas 24:12 – Assim dispararam a correr em direção do sepulcro do Mestre. E como João era mais jovem, era também mais veloz, chegou primeiro ao sepulcro. E como sabia perfeitamente que Pedro era o líder da Igreja, respeitou a sua preferência em entrar primeiro no sepulcro, esperando-o chegar e entrar após ele.

Lucas 8,51; 9,28; 22,8; Atos 1,13; 3,1.3.11; 4,13.19; 8,14 – Pedro é sempre mencionado antes de João, o discípulo a quem Jesus amava.

Lucas 24,33-34; I Coríntios 15,4-5 – Pedro é reconhecido como o primeiro dentre os Apóstolos a ver o Senhor Jesus ressuscitado, mesmo que essa aparição tenha sido demasiada misteriosa e não tenha sido relatada na Bíblia. Jesus “Apareceu a Kepha, e em seguida aos doze.”.

João 21,1-3 – Aqui, novamente Pedro é mencionado primeiro no verso 2. E nessa hora, quando Jesus não estava junto deles, Pedro disse aos outros Apóstolos que estavam reunidos com ele, que iria pescar, e os outros quiseram ir com ele. Isso mostra mais uma vez a liderança de Pedro na pesca e a comunhão que deve haver entre os Apóstolos e o seu Príncipe (Pedro), estando todos a pescar e a navegar na barca de Pedro – metáfora para Igreja Católica.

João 21,4-8 – Com a manifestação de Jesus aos Apóstolos que estavam pescando, João – o discípulo que Jesus amava – reconheceu primeiro que era Jesus quem falava da praia, e disse o mais rápido possível a Pedro. Novamente, João mostra seu respeito para com o líder da Igreja. E certamente, Pedro não viu que era o Senhor primeiro, por estar ocupado com as redes cheias de peixes. Quando Pedro ouviu de João que era o Senhor, lançou-se ao mar e disparou ao encontro de Jesus. Somente ele foi ao encontro de Jesus antecipadamente.

João 21,9-11 – E assim como em todos os quatro Evangelhos, no final da pesca, é evidenciada novamente a primazia de Pedro e sua liderança na pesca. Jesus pede aos discípulos, “Trazei aqui alguns dos peixes que agora apanhastes!”, e Pedro lidera o final da pesca, puxando ele mesmo a rede cheia de cento e cinqüenta e três peixes grandes.

João 21,15-17 – Jesus conhecia o amor que Pedro tinha por Ele. Por isso pergunta-o se O ama mais do que os outros Apóstolos, e isso por três vezes, na frente destes mesmos Apóstolos. Em réplica à reposta afirmativa de Pedro, Jesus indica-o como o Seu maior representante na terra. Sabendo Jesus que tinha apenas um pouco mais de tempo até voltar ao Eterno Pai, mais uma vez Ele manda Pedro cuidar de toda a Sua Igreja, apascentar todo o seu rebanho, cordeiros e ovelhas, apóstolos e discípulos, bispos, sacerdotes e leigos: “Apascenta os meus cordeiros”, “Apascenta as minhas ovelhas”, “Apascenta as minhas ovelhas”. Que sublime ordenança do Senhor! Na presença dos próprios Apóstolos, Jesus ordena a Pedro a ser o supremo pastor e cabeça visível da Igreja na terra, enquanto Ele está nos céus, até a sua segunda vinda, para julgar o mundo. Pedro é a cabeça visível da Igreja, ocupando o cargo de Jesus como supremo pastor.

CIC, §552 – «No colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar. Jesus confiou-lhe uma missão única. Graças a uma revelação vinda do Pai, Pedro havia confessado: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16). Nosso Senhor lhe declara na ocasião: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as Portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). Cristo, "Pedra viva"; garante a sua Igreja construída sobre Pedro a vitória sobre as potências de morte. Pedro, em razão da fé por ele confessada, permanecerá como a rocha inabalável da Igreja. Terá por missão defender esta fé de todo desfalecimento e confirmar nela seus irmãos.»

João 13,36; 21,18-19 – Jesus indica a Pedro o modo que haveria de morrer e glorificar a Deus por seu martírio. Pedro foi condenado à morte de cruz, assim como Jesus, mas pediu aos carrascos para o crucificarem de cabeça virada para baixo, por não se achar digno de morrer como o Divino Mestre. Isto aconteceu em Roma no ano 67. Assim foi o fim glorioso do primeiro Papa da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana. E sucessivamente, as primeiras duas dezenas e meia dos seus sucessores, foram também martirizadas.

Atos 1,13-14 – Pedro é mencionado primeiro dentre os Apóstolos após a Ascensão de Jesus aos céus. Pedro lidera o grupo em unânime perseverança na oração.

Atos 1,15-17.21-26 – Pedro, como o líder, levanta-se entre os Apóstolos para propor a eleição de um novo Apóstolo para ocupar o lugar de Judas Iscariótes. É claro que Jesus não escolheu o novo Apóstolo enquanto estava com eles após a ressurreição para deixar que a Sua Igreja o fizesse, com a autoridade que recebera Dele mesmo. Ainda mais, se a Igreja precisou de um sucessor para Judas, não precisaria de um para Pedro?

Atos 2,14 – Após a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos no Pentecostes, Pedro – novamente como o mais eminente Vigário de Cristo –, atua como o líder dos Apóstolos, pondo-se à frente deles e pregando ao povo que se aglomerava e admirava a manifestação do Espírito Santo. Pedro é o primeiro a pregar o Evangelho ao povo após a Paixão, Ascensão e Pentecostes.

Atos 2,15-21 – Na pregação, Pedro interpreta o acontecimento divino como sendo o cumprimento das Sagradas Profecias do Profeta Joel, que foi predito no Antigo Testamento (Joel 3).

Atos 2,24-35 – Continuando o divino discurso, Pedro interpreta a predição que Davi fez em dois Salmos, como sendo relacionadas à Ressurreição de Jesus Cristo dos mortos.

Atos 2,36 – Ao fim, Pedro declara a toda a casa de Israel que Jesus é Senhor e Cristo. Se Pedro ensinou e interpretou as Sagradas Escrituras infalivelmente, por que não o fariam os seus sucessores?

Atos 2,37-38 – O povo que foi movido no coração pelo Espírito Santo com a pregação infalível de Pedro, o reconheceu como o chefe dos Apóstolos. O autor do livro “Atos dos Apóstolos” – Lucas – também continua a indicar Pedro como o líder da Igreja.

Atos 2,38 – Pedro ensina que para remissão dos pecados é necessário o batismo, e assim é recebido o dom do Espírito Santo. Se Pedro ensinou infalivelmente sobre a necessidade do batismo para a salvação e receber o dom do Espírito Santo (sendo isso relatado na Bíblia), porque os protestantes não aceitam esta mesma doutrina santa ensinada por dois mil anos pela Igreja Católica?

Atos 3,1-7 – Pedro é mencionado primeiro – antes de João – por três vezes. Pedro é o primeiro dentre os Apóstolos a operar um milagre de cura após Pentecostes.

Atos 3,12-16; 4,9-10 – Pedro se põe a frente de João para proclamar a cura milagrosa em Nome de Jesus.

Atos 3,17-18 – Pedro discerniu que os homens de Israel entregaram Jesus à morte por ignorância, cumprindo assim o que Deus tinha anunciado pelos Profetas, de que o Cristo devia padecer.

Atos 3,21-26 – Pedro novamente interpreta infalivelmente as Sagradas Escrituras.

Atos 4,7-8 – Pedro é o que se põe à frente novamente, cheio do Espírito Santo, para responder aos “chefes do povo”. Agora, Pedro é o “chefe do povo” da Nova e Eterna Aliança, juntamente com os bispos em comunhão com ele, assistidos pelos presbíteros.

Atos 4,11-12 – Pedro interpreta as Escrituras que dizem sobre a Pedra angular ter sido rejeitada pelos edificadores, declarando que essa Pedra Angular é Cristo Jesus; e frente aos judeus, (Pedro foi o primeiro que) ensinou que não há salvação em nenhum outro.

Atos 4,19-20 – Novamente, Pedro é mencionado antes de João, para responder aos chefes do povo que estavam ordenando-os que não mais se pregasse o Evangelho em Nome de Jesus.

Atos 5,3-11 – Pedro declara o primeiro anátema da Igreja, em Ananias e sua mulher Safira, sendo confirmado por Deus, que os entregou à morte instantânea. Pedro exerce sua autoridade “ligar e desligar”.

Atos 5,15 – Deus também confirma que Sua vontade é que Pedro deve ser o líder, curando os enfermos até mesmo por sua sombra.

Atos 5,29 – Com a segunda prisão dos Apóstolos, Pedro é colocado à frente dos outros para ser o porta-vos de todos diante do Grande Conselho.

Atos 8,14-17 – Pedro é mencionado antes de João a irem conferir o sacramento da Confirmação aos cristãos de Samaria.

Atos 9,36-40 – Pedro é o primeiro Apóstolo a ressuscitar uma pessoa dos mortos.

Atos 10,4-6 – O Anjo do Senhor mandou Cornélio chamar a Pedro, para conhecer o Evangelho, e a nenhum outro Apóstolo.

Atos 10,19-23 – Enquanto meditava sobre a visão que teve, Pedro é avisado pelo Espírito Santo para ir com os homens que o procuravam. Esses homens não são judeus, e por isso o Espírito teve de mandar Pedro ir com eles sem hesitar, pois, os Apóstolos ainda não sabiam que a mensagem da salvação era para os gentios também, e a tradição antiga mandava não misturar-se com os gentios.

Atos 10,34-48 – Pedro é quem recebeu a divina revelação sobre a salvação também ser concedida aos gentios. E é Pedro mesmo o primeiro a pregar o Evangelho da salvação aos gentios.

Atos 11,2-3 – Os judeus convertidos, que ainda não sabiam que a salvação era também para os gentios, repreenderam Pedro por ter entrado na casa de incircuncisos. Isso mostra que os fieis reconheciam a autoridade máxima de Pedro e que ele devia dar o mais excelente exemplo.

Atos 11,18 – Esses cristãos da circuncisão, que tinham repreendido Pedro, depois de terem ouvido a sua explicação do acontecido, acataram com alegria a revelação que Deus fez à Igreja por meio de Pedro: que a mensagem da salvação era dada também aos pagãos.

Atos 12,5 – Esse verso mostra com que amor e fervor toda a Igreja, desde o início, reza sem cessar por Pedro, o Papa.

Atos 15,7-12 – Pedro resolve o primeiro assunto doutrinal no primeiro Concílio da Igreja, em Jerusalém, sobre a circuncisão, e ninguém o questionou, até mesmo os muitos judeus, que eram a favor da circuncisão, não abriram a boca para discutirem mais.

Atos 15,12 – Só depois que Pedro (o Papa) acabou de falar, é que Paulo e Barnabé (também bispos) começaram a falar sem temor. Este verso mostra a autoridade de Pedro sobre todos os outros bispos, porque ninguém mais ousou discutir o assunto novamente.

Atos 15,13-21 – Em seguida, Tiago fala para ainda mais reconhecer o decreto definitivo de Pedro, e sugerir que pelo menos se escrevesse uma carta aos gentios para se absterem das carnes oferecidas aos ídolos, o que todos concordaram.

I Coríntios 9,5 – Paulo destaca o nome de Pedro do resto dos Apóstolos. Aqui Paulo escreve o nome de Pedro em aramaico “Kepha”, o que literalmente significa rocha.

Gálatas 1,18 – No terceiro ano de seu apostolado, Paulo subiu a Jerusalém especialmente para conhecer Pedro (Kepha), o líder da Igreja, e ficou com ele quinze dias.

Gálatas 2,7-8 – Paulo destaca Pedro como o chefe dos doze Apóstolos.

Gálatas 2,9 – “Tiago e “Kepha” e João, que são considerados as colunas,” Paulo escreve o nome de Pedro (Kepha) entre os nomes de Tiago e João, mostrando que ele (Pedro) é a rocha central e principal coluna da Igreja.

I Pedro 5,13 – Alguns protestantes discutem contra o Papado tentando provar que Pedro nunca esteve em Roma. Primeiro, este argumento é irrelevante, porque a instituição do Papado por Jesus não depende disso. Segundo, este verso demonstra que, de fato, Pedro esteve em Roma. Pedro escreve “A igreja que está ‘Babilônia’ saúda-vos,” o que prova que ele estava em Roma quando escreveu esta Epístola. Babilônia era um codinome para Roma. Roma era a “Grande Cidade”, a “Babilônia” daquele período. Por Roma ser considerada o centro do mundo naquele tempo, o Senhor quis que a cátedra de Sua Igreja fosse estabelecida lá, porque assim como Ele venceu o mundo, quis que Sua Igreja também vencesse (João 16,33). A Igreja Católica, com o sangue de milhares de seus santos mártires, incluindo mais de 20 Papas, venceu o império romano, a Grande Babilônia que deveria cair (Apocalipse 18,10.19). Os protestantes têm que passar por cima do orgulho e reconhecer essa verdade histórica e parar de inventar mentiras.

II Pedro 1,13-15 – Pedro diz ter a obrigação de exortar a Igreja e mantê-la vigilante (verso 13). Enquanto que nos versos 14 e 15, ele diz que em breve teria de deixar o seu “tabernáculo” (ele está se referindo à sua função como o supremo pastor da Igreja), e que providenciaria um seu sucessor para continuar a exortar e pastorear a Igreja depois de sua morte.

II Pedro 3,16 – Pedro está fazendo um julgamento sobre “interpretação própria” das cartas de Paulo e das demais Escrituras, nas quais contém “passagens difíceis de entender”. Pedro é o pastor chefe da Igreja e não admite interpretações pessoais com deturpações das Sagradas Escrituras, contrárias aos sentidos reais que as Sagradas Letras apresentam e que o Magistério da Igreja interpreta.

Mateus 20,27; 23,11 – E Pedro, o Papa, é servo dos servos de Deus.



III. Pedro tem as Chaves de Autoridade sobre o Reino na Terra, a Igreja

II Samuel 7,16; Salmo 89,3-4 [88,4-5]; I Crônicas 17,12-14 – Deus promete estabelecer o Reino de Jesus (Davi) para sempre na terra.

Mateus 1,1 – Mateus claramente estabelece esta ligação de Davi à Jesus. Jesus é o novo Rei da nova Casa de Davi, e o Rei irá designar um chefe administrador para governar sobre a casa até a Sua volta.

Lucas 1,32 – A anjo Gabriel anuncia à Maria que ao seu Filho (Jesus) seria dado o “trono de Seu pai Davi.”.

Mateus 16,19 – Jesus dá a Pedro as “Chaves do Reino dos Céus”. Enquanto a maioria dos Protestantes argumentam que o Reino dos Céus que Jesus estava falando é o eterno estado de glória (como se Pedro estivesse lá no Céu deixando as pessoas entrarem), o Reino dos Céus que Jesus está falando aqui se refere à Igreja na Terra. Usando o termo “chaves”, Jesus estava referindo Isaías 22 (que é o único lugar na Bíblia onde “chaves” é usado num contexto de um reino).

Isaias 22,22 – No antigo reino de Davi, quando reinava seu sucessor e filho, Salomão, este havia instituído um ofício de “prefeito do palácio”. Este ministro principal possuía autoridade sobre todos os chefes e anciãos.

Apocalipse 1,18; 3,7; 9,1; 20,1 – As “chaves” incontestáveis de Jesus representam autoridade. Mas usando a palavra “chaves,” Jesus dá a Pedro autoridade na Terra sobre o novo Reino de Davi, e isso não foi seriamente questionado por ninguém até a reforma Protestante 1.517 anos após o outorgamento de Pedro.

Mateus 16,19 – O que Pedro ligar ou desligar na Terra é ligado ou desligado no Céu / quando o Principal Ministro abre ao Rei, ninguém fecha. Essa autoridade “ligar e desligar” permite ao possuidor das chaves estabelecer decretos, ou regras de conduta para os membros do reino que ele serve. As “chaves” de Pedro se encaixam nas “portas” do Hades, o qual também representa autoridade pastoral sobre as almas.

Mateus 23,2-4 – A terminologia “ligar e desligar” usada por Jesus foi entendida pelo povo Judeu. Por exemplo, Jesus disse que os Fariseus “atam” fardos pesados. Pedro e os Apóstolos têm a nova autoridade de atar e desatar sobre o Reino da Nova Aliança, a Igreja.

CIC, §882 – «O Papa, Bispo de Roma e sucessor de São Pedro, "é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade, quer dos Bispos, quer da multidão dos fiéis." "Com efeito, o Pontífice Romano, em virtude de seu múnus de Vigário de Cristo e de Pastor de toda a Igreja, possui na Igreja poder pleno, supremo e universal. E ele pode exercer sempre livremente este seu poder.»

Mateus 13,24-52 – Jesus, compara o Reino dos Céus às dez virgens, cinco delas eram tolas. De longe mostra que o Reino é a Igreja na Terra. Este Reino não se refere ao paraíso, porque não há tolos lá no Céu.

Marcos 4,26-32 – Novamente, o “Reino de Deus” é como a semente que cresce e se desenvolve. O Reino Celeste é eterno, então o Reino ao qual Pedro guarda as chaves de autoridade, é a Igreja militante.

Lucas 9,27 – Jesus diz que ali estavam quem não provariam a morte antes que eles vissem o “Reino de Deus”. Esse Reino refere-se ao Reino de Cristo na Terra, o qual Jesus estabeleceu por Sua morte e ressurreição na Terra.

Lucas 13,19-20 – Novamente, Jesus diz o Reino de Deus é como uma semente de mostarda que cresce até virar uma árvore. Isto refere-se à Igreja terrena a qual se desenvolve através dos tempos, de uma bolinha a uma árvore de hortaliça (não ao celestial estado de glória o qual é imutável e infinito).

Mateus 12,28; Marcos 1,15; Lucas 11,20; 17,21 – Estes versos fornecem mais exemplos do “Reino de Deus” como o reino na Terra, o qual está no nosso meio.

I Crônicas 28,5 – Salomão senta no trono do Reino do Senhor. Isso mostra que o “Reino de Deus” usualmente significa um reino na terra.

Mateus 17,24-25 – O coletor de impostos reconhece Pedro como o representante de seu Mestre (Jesus), abordando-o sobre Jesus ter de pagar o imposto ou não. Pedro é o Vigário de Cristo e têm a Sua autoridade.

Mateus 17,26[27] – Jesus mandou Pedro pescar um peixe que deveria ter um estartere na sua boca para pagar o imposto por ambos. Com isso, Jesus mostra que Pedro é o Seu representante na terra.

Lucas 12,42-44; Mateus 24,45-47 – Após Pedro questionar Jesus sobre a parábola, ele recebe uma resposta quase que enigmática de Jesus. O divino Mestre aponta para Pedro, que ele mesmo (Pedro) é o servo a quem Ele (Jesus) constituiu com Sua autoridade sobre toda a Sua Casa, a Igreja.

Lucas 22,31 – Jesus, após ter instituído os santíssimos sacramentos da Eucaristia e da Ordem, dirigiu algumas palavras a todos os Apóstolos e logo em seguida, dirigiu-Se a Pedro sozinho, dizendo que satanás teria desejado a queda de Pedro, o desfalecimento de sua fé. Vemos assim que satanás sabe da importância de Pedro como o líder da Igreja, como representante de Cristo, e que com sua queda, toda a Igreja também haveria de cair, pois não haveria mais unidade.

Lucas 22,32 – Logo em seguida, é claro que também Jesus confirma a importância da liderança de Pedro sobre a Igreja, como Seu mais alto Vigário, dizendo que rogou por ele, para que a sua fé não desfaleça e então venha a confirmar os seus irmãos – toda a Igreja. É claro que a oração de Jesus é de eficácia imediata e permanente. O Papa não pode desfalecer e ensinar algum erro em questões de Fé e Moral.

Mateus 26,31-32 – Jesus, como o Pastor, após ser ferido na Santa Paixão, deveria ressurgir e continuar a apascentar o rebanho. Mas 50 dias após a Sua ressurreição, Jesus deveria subir ao Céu, o que O impediria de estar visivelmente como o Pastor e Cabeça visível da Igreja aqui na Terra.

João 21,15-17 – E por isso, Jesus aponta Pedro como o Seu substituto, para ser o supremo pastor de Seu rebanho. Pedro é revestido por Jesus de Sua autoridade, para governar sobre toda a Igreja e apascentar o rebanho.

Lucas 12,41-44 – Quando Pedro perguntou a Jesus se a parábola do senhor e os servos vigilantes era dirigida somente a eles (os Apóstolos) ou para todo o povo, Jesus replicou a Pedro, apontando-o (a Pedro) como sendo o administrador chefe que o Senhor constituiu sobre os operários. É Pedro, o servo a quem o Senhor “confiou-lhe todos os seus bens.”.

Marcos 13,34 – Aqui, novamente Jesus indica que delegou de Sua autoridade aos seus servos, e que colocou um porteiro (o Papa) sobre eles, a vigiar Sua volta. É Pedro quem está sobre a Casa de Deus até a segunda vinda de Jesus. Veja também Mateus 24,45-47. Estas parábolas indicam claramente que Jesus estabeleceu um líder sobre toda a Sua Igreja. Esse líder recebe de Jesus o poder para reger todas as nações com cetro de ferro, assim como Ele (Jesus) recebeu tal poder do Pai (Apocalipse 2,26-28).

Atos 15,7-12 – É Pedro quem resolve o primeiro assunto doutrinal da Igreja e todos ficam de acordo com o seu decreto. Vemos também a necessidade de ter um líder acima de todos os outros, para facilitar a unidade, pois, havia muitos anciãos (líderes da Igreja: bispos e/ou presbíteros) que ainda eram discordantes uns dos outros; uns a favor da circuncisão e outros não. O que aconteceria se não tivesse um líder acima de todos? Caos e divisões, e os próprios apóstolos estariam discordantes uns dos outros.

Atos 8,20-23 – Pedro lançou anátema em Simão (o ex-mágico) por ter oferecido dinheiro para ter o poder e autoridade que os Apóstolos tinham e exerciam. E ainda vemos que em resposta, este Simão (o ex-mágico) pediu a Pedro para rogar ao Senhor por ele; ou seja, para retirar o anátema. Pedro exerce sua autoridade “ligar e desligar” com as chaves que recebeu de Cristo, e Simão reconhece essa sua autoridade.